Cada um possui o dinamismo da mudança inerente ao seu próprio ser. Assim como todos os dias caminhamos rumo à maturidade pessoal, assim nossa vida espiritual amadurece através da conversão para Deus. Ela é contínua na compreensão e nas atitudes comportamentais. Isso acontece no componente religioso da personalidade consciente.
Iniciada a mudança provocada pela conversão, essa vai definir dia a dia nossa relação com Deus. Ela nasce, se desenvolve e amadurece sem fim no contato com sua Palavra, com a Tradição e com o Magistério da Igreja. A maturidade espiritual da conversão supõe a ligação com a comunidade, mas o primeiro passo desse processo é a autoconsciência de si: quem sou eu, por que é que vivo e para que?
A conversão busca a Deus como princípio e fim último absoluto. O impulso para Ele exige o esforço constante de retidão consigo e com os outros: na prática das virtudes, dos valores, dos princípios humanos e cristãos. Vale dizer em resumo: respeito à vida e sua defesa em todos e para todos. Com justiça, honestidade de intenções, atos e projetos políticos de poder na fraternidade e paz. Onde houver mudanças, haverá reformas no indivíduo e na sociedade.
Quem crê no Deus revelado como Pai por Jesus, deixa-se envolver no seu amor. Se as infidelidades, incoerências e desânimos esterilizam o desejo, o esforço e a perseverança no caminho da conversão, vem em nosso socorro o carinho paterno do Senhor.
Cada um tem seu próprio ritmo no assumir e praticar mudanças nos hábitos de conversão. Mas, a fé cristã alerta: é impossível superar por nós mesmos o estado original de pecado. É preciso aceitar ser revestido de Cristo, morrer e ressuscitar com Ele para ser criatura nova, ensina São Paulo.
A misericórdia é o modo como Deus nos acolhe. Ele perdoa o “filho pródigo”, que o procura e volta arrependido. Saber e sentir que posso pedir o perdão de meus pecados, erros e faltas já é encorajador. Se não houvesse essa inegável experiência do arrependimento no caminho de conversão, jamais teríamos a certeza de superar a maldade e o pecado.
A fé em Cristo nos torna mendigos da misericórdia de Deus. Sair de si é renunciar ao orgulho e andar com Jesus nos caminhos da vida. Sendo caminho, verdade e vida, Ele anda conosco e nos introduz no milagre da salvação. Se a realidade infinita de Deus ultrapassa nossa fraca compreensão, a Graça dada em Jesus Cristo nos converte todos os dias até o dia final.
Cristo era o sobrenome de Jesus?
A palavra Cristo condensou todos os títulos bíblicos que esclareciam a missão do Messias
Por que acreditar na intercessão?
Do seio materno ao berço e desse para o túmulo, precisamos de mediadores contínuos, na arte da sobrevida até à morte.
Qual a diferença entre graça e milagre?
Deus interfere de modo gratuito, livre e sobrenatural no íntimo da pessoa, e lhe dá a graça, o favor que a purifica, conforta e santifica mais.
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