A paternidade-maternidade, de modo ímpar, revela semelhanças de uma pessoa numa outra: feições do pai ou da mãe num filho ou filha. Ao nos criar imagem-semelhança Suas, Deus nos sonha como filhos, família Sua, já aqui na terra.
Sonho que Ele nos revela também no segundo relato da criação (Gn 2). “Javé Deus formou o homem com o pó da terra e soprou em suas narinas o sopro da vida, e o homem tornou-se um ser vivente” (v.7).
“O sopro da vida” é Seu próprio Espírito: “não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1Cor 3,16). “Pó” e “da terra” lembram nossa fragilidade. Mas, “o sopro da vida” ou o Espírito, revela nossa divina grandeza e dignidade. Vasos de argila sim, mas carregando um imenso tesouro (cf. 2Cor 4,7).
Apenas quando Deus “soprou em suas narinas o sopro da vida”, é que “o homem se tornou um ser vivente”. Unicamente animados pelo “sopro da vida” ou “Espírito”, nessa participação na própria divindade, é que nos tornamos “ser vivente”, passamos a existir! “São filhos de Deus todos os que se deixam conduzir pelo Espírito de Deus” (Rm 8,14).
No exílio babilônico, amargando a própria infidelidade-infelicidade, o Povo é o desânimo, um monte de ossos secos e desconjuntados. Sobre aqueles ossos Deus faz surgir pele, nervos, articulações. Mas, somente quando o Espírito penetra naqueles ossos – como o sopro de vida nas narinas humanas – é que se dá a plena revitalização (Ez 37,10).
Na força do Espírito, que Lhe dá passar Sua humana existência fazendo o bem (At 10,38), Jesus “é a imagem do Deus invisível, primogênito de toda criatura” (Cl 1,15), o “Filho amado” de Quem o Pai Se agrada (Mc 1,11). E no mesmo Espírito, que igualmente nos é dado, quais filhos e filhas do Pai, Suas semelhanças, construímos Seu sonho, a humanidade divinizada!
A humanidade recomeça com Noé (Gn 8,1-9,17)
O dilúvio acabara, “as águas secaram sobre a terra” (Gn 8,13). Deus ordena a Noé sair da arca com familiares e todas as espécies de animais: “sejam fecundos e se multipliquem sobre ela’” (v. 17). Um sadio resto da humanidade retoma o projeto do Criador.
Dilúvio: arrancar e destruir para edificar e plantar (Gn 6-7)
Deus tenta arrancar a maldade, as pragas do terreno para aí ressemear o sonho da humanidade à imagem-semelhança Suas.
Jesus, o coração da Fachada Sul
Vai em frente o acabamento artístico das fachadas externas da Casa da Mãe Aparecida, com mosaicos que resgatam Palavras ou cenas bíblicas. Está nascendo o Santuário como uma grande Bíblia a céu aberto
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