O Imaculado Coração de Maria

Por Pe. Rafael Augusto Linhares Pinto

A devoção ao Imaculado Coração de Maria se populariza após a aparição de Nossa Senhora em Fátima, onde ela diz a Lúcia: “Ele (Jesus) quer estabelecer no mundo a devoção do meu Imaculado Coração”. Mas, essa devoção ao coração de Maria, assim como o de Jesus, vem de tempos remotos, e começa a crescer na Idade Média, e terá a sua confirmação pela Igreja na Idade Moderna, onde São João Eudes, bispo francês, em 1648, consegue a aprovação local da festa do Coração de Maria, e em 1855, o Papa Pio IX aprovou a Missa e o Ofício do Imaculado Coração de Maria, e em 8 de dezembro de 1942, o Papa Pio XII consagrou a Igreja e todo gênero humano ao Coração Imaculado de Maria, e três anos depois estendeu a festa a toda a Igreja.

A devoção ao Imaculado Coração de Maria nos leva a uma reflexão sobre nosso próprio coração, que é a sede dos anseios mais profundos da nossa existência. Dessa forma, a devoção ao Imaculado Coração de Maria nos remete a uma busca essencial pelos anseios de Maria, que são os anseios do próprio Deus, anseios estes que são expressos em suas próprias palavras: “Eis a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a sua palavra” (Lc 1,38); e nos faz também lembrar a bem-aventurança: “Felizes os puros de coração, porque verão a Deus” (Mt 5,8); isto é, a experiência com Deus se dá por meio da busca da pureza de coração. Depois, a devoção ao coração de Maria nos leva à mesma atitude dela: “Maria, porém, guardava todas estas coisas, meditando-as no seu coração” (Lc 2,19).

Assim, quando buscamos uma união ao coração de Maria, nós entramos na escola mariana de seguir Jesus, onde aprendemos a buscar a vontade de Deus, perceber sua presença em nossa vida, pela meditação e reflexão de tudo que acontece em nosso coração. Busquemos ser bons discípulos na escola do Imaculado Coração de Maria, para que nosso coração seja um templo santo onde Deus possa habitar.