Revista de Aparecida

Interdependência ou morte

Escrito por Pe. Jonas Luiz de Pádua, C.Ss.R.

07 SET 2022 - 06H05 (Atualizada em 09 JAN 2023 - 08H29)

Thiago Leon

No dia 07 de setembro deste ano comemoramos em nosso país os 200 anos de independência da Coroa Portuguesa (1822). Deu-se início, então, a construção de um projeto próprio de nação escalado a partir da formação de uma monarquia – “Império do Brasil”, como forma de governo nacional. Essa declinou-se politicamente em 1889, começando outra maneira de governar: a república democrática, que passou por diversas fases históricas até chegar nos dias atuais.

Com a independência do Brasil de Portugal, entre os avanços sociais, destaca-se, apesar da demora, a abolição da escravatura, em 1888. Entretanto, ainda hoje, existem realidades de trabalhos análogos à escravidão, com contornos modernos, mantendo uma desigualdade social. Já com a República, ressaltamos o direito da participação popular na escolha de seus representantes através de eleições. Por isso, nesses 200 anos de independência, podemos nos perguntar se, como nação brasileira, estamos amadurecendo socialmente no processo democrático de direito, e se as intenções dos nossos representantes, com suas formas de governar, convergem para esse bom propósito.

É certo que um importante passo foi dado 200 anos atrás em nossa história. Entretanto, precisamos continuar avançando com novos passos, atualizando e regulamentando nossa democracia de 1988. Vamos confiar na proteção, no respeito e na interdependência das instituições democráticas e dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Quando, para governar, um desses poderes tenta a “independência” ou o controle de outro poder maquia intenções autoritárias, resultando em “morte” social.

Assim, no mês que vem, escolhamos representantes que (re)construam nosso Brasil com políticas efetivas de Estado, e não de governo apenas. Que a independência outrora conquistada, há 200 anos, não nos faça criar inimigos e dividir a nação, mas nos ajude a olhar para essa história com mais desejo de responsabilidade diante de nossos direitos e deveres políticos, como cidadãos que amam esta terra querida que chamamos de Brasil.


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