Revista de Aparecida

No Princípio era o Verbo e o Verbo era Deus

Deus é o autor da Palavra que se revela continuamente.

Escrito por Pe. Antonio Clayton Sant’Anna, C.Ss.R.

02 SET 2022 - 17H54 (Atualizada em 09 JAN 2023 - 16H06)

Eles vão ler, entender e interpretar o livro publicado. Cada um à sua maneira, conforme a sabedoria pessoal e/ou conhecimento histórico vigente. Isso não acontece com a Bíblia, o livro que é Palavra de Deus, seu autor. Ela é e será sempre só dele e conforme Ele se dignou inspirá-la na mente e na pena de autores humanos.

Deus é o autor da Palavra que se revela continuamente. A inspiração bíblica divina aconteceu num arco histórico de mais de mil anos, transmitida por autores diversos, em épocas e culturas diferentes. Apesar disso há uma unidade profunda e misteriosa entre todos os livros da Bíblia, pois o Autor Principal é Deus e não os homens. Os escritores bíblicos, inspirados por Ele, foram instrumentos da sua Palavra viva.

A coesão, a unidade, a inteireza abrangente da Palavra eterna ultrapassa tudo o que a sabedoria humana pretender interpretar e discorrer sobre ela. Se Deus é eterno, também eterno é o que Ele nos disse, como nos quis dizer e continua nos dizendo. Ele fez e faz isso por sua comunicação eterna na Criação e na Revelação de si mesmo pelos livros inspirados, escritos à luz de sua Palavra viva. Essa, por último, se encarnou por meio de seu Filho (Hb 1,2).

A Bíblia é o livro-fontal da comunidade cristã vocacionada a crer e seguir Jesus Cristo: a Palavra viva de Deus. Na Bíblia encontramos a sabedoria que nos revela a presença de Deus e a salvação por Jesus Cristo. É o que escreveu Paulo a Timóteo, seu antigo companheiro missionário. Encarcerado em Roma, Paulo repensa sua situação sofrida: “estou acorrentado como um malfeitor, mas a Palavra de Deus não está acorrentada” (2Tm 2,19).

A Bíblia pode ser lida como um livro só ou uma coleção de livros. Mas, ela não é só isso: livro, biblioteca, literatura extraordinária da humanidade.

O Concílio Vaticano II, após intensos debates nas Sessões Conciliares, promulgou no dia 18-11-1965, a Constituição Dogmática “Dei Verbum” (a Palavra de Deus), sobre a Revelação Divina. A Inspiração, a interpretação da Sagrada Escritura, a sua presença na vida da Igreja. 

O apóstolo-prisioneiro atesta plena convicção no poder transformador da Palavra de Deus, como fonte garantida de uma vida reta e sábia. “Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para refutar, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, preparado para toda boa obra” (2Tm 3,16-17).

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