Revista de Aparecida

Nosso coração deve ser também um presépio

Escrito por Pe. Marlos Aurélio da Silva, C.Ss.R.

28 NOV 2024 - 07H00

Thiago Leon

Na espiritualidade de Santo Afonso Maria de Ligório, que é eminentemente cristocêntrica, porque centrada nos eventos salvíficos da vida de Jesus Cristo, a Encarnação (presépio) ocupa um lugar de destaque. Ao contemplar a cena do presépio, Afonso sente-se inflamado do desejo de fazer algo muito especial para Deus, ou seja, sente-se provocado a dar uma resposta de amor Àquele que nos amou por primeiro a ponto de enviar seu Filho Unigênito ao mundo! Seu desejo era de que todas as pessoas pudessem amar intensamente a Cristo que sempre nos amou e manifestou sua misericórdia pela humanidade!

De modo que o presépio é este símbolo que nos remete para o mistério da encarnação, isto é, da realidade do Deus conosco que armou sua tenda no meio de nós. É a expressão de quanto Deus ama e valoriza a vida humana e o mundo que Ele criou. No entanto, seria importante que valorizássemos tanto o presépio que evoca essa verdade de fé, como também que nosso coração fosse expressão dessa acolhida ao amor divino. Porque, em última instância, o que importa de verdade é que Deus esteja e seja em nós, pois será assim que o mundo todo será a morada de Deus! Por isso que Afonso afirmou: “Muitos cristãos costumam preparar com bastante antecedência em suas casas um presépio (...), mas há poucos que pensam em preparar seus corações, a fim de que o Menino Jesus possa neles nascer e repousar”.

Portanto, aproveitemos deste Advento, tempo de profunda preparação, para fazer do nosso coração uma real manjedoura. Se Cristo fizer sua morada em nosso coração o essencial estará garantido. Pois todo o nosso falar e agir serão reflexos da sua presença transformadora em nossa vida. Aliás, o próprio coração é também um símbolo do amor e centro dos nossos afetos e decisões mais vitais. Importa mesmo que vivamos a experiência de nos sentirmos amados por Deus e que respondamos a esse amor amando aos nossos irmãos e irmãs. A ponto de tornar-se realidade o que canta a bela canção “que o Natal não seja apenas um dia”, mas que tenhamos uma existência humana atingida e envolvida pelo amor transbordante e contagiante do nosso Deus para ser repartido com os demais, especialmente com os pobres!

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