A partir do final do século XX vivemos em um contexto social classificado como “Pós-Modernidade”. Nesse sentido, a fé e a religiosidade estão inseridas nessa realidade cultural e de mentalidade antropológica. Apesar disso, as práticas de penitência, piedade e devoção não são descartadas ou perdem seu valor. Elas sofrem alterações, atualizações, ao longo do tempo, no modo de como praticá-las, como sofreram desde as primeiras comunidades cristãs. Entretanto, antes de nos preocuparmos se vale a pena fazer penitência, é necessário reassumir nossa condição de fragilidade diante de Deus, pois o “fazer” resulta do “ser”.
Nos primeiros séculos da Igreja, o Batismo era reconhecido como o único sacramento de penitência, pois as pessoas batizadas renunciavam ao mal e assumiam para si os valores do Reino de Deus. Compreendemos igualmente até hoje, apresentando-o, entre outras características, como um sacramento de conversão. Fomos batizados na Igreja Cristã Católica, e o confirmamos pela Crisma, porque nos “convertemos” aos valores de Cristo e renunciamos ao mal, formando a comunidade de fé.
Contudo, apesar dessa “primeira conversão” e perdão dos pecados, ao receber a nova vida na iniciação cristã, ela não suprime a fragilidade e a fraqueza da natureza humana de termos inclinação ao pecado (cf. CIC 1426). Isto é, às atitudes de infidelidade à “vida nova” recebida, quebrando a aliança batismal com Deus e a comunhão com a Igreja. Assim, Jesus nos convida à conversão constante (cf. Mc 1,15).
Essa “segunda conversão” é tarefa contínua da comunidade e do cristão. Dada a História da Igreja inserida em cada época e o crescimento do número de fiéis, desde a segunda metade do século II, foram desenvolvidas e institucionalizadas formas de penitências eclesiais pós-batismais. A mais conhecida delas é o Sacramento da Reconciliação, popularmente chamado por “Confissão”. Nesse sentido, em comunhão com a Igreja, fazer penitência é um exercício externo resultado de uma conversão primeira do coração, para retomarmos o caminho e a aliança da “vida nova” que recebemos de Cristo pelo batismo, cujo pecado nos distanciou.
Apesar de toda complexidade de nosso século, a saber: fuga do sentimento de culpa, perda de influência da instituição eclesial, valorização individual da possibilidade de escolha, vale a pena fazer penitência com sinceridade, liberdade e humildade.
A penitência, como forma pedagógica pessoal ou comunitária, mediante os sacramentos, o jejum, a oração e a esmola, é uma forma de reconciliação e gratificação a Deus. Ele, apesar de nossas quedas humanas, sempre está conosco a guiar “o tesouro que carregamos no vaso de barro” de nossa vida (cf. 2Cor 4,7), a fim de sermos mais felizes, agraciados e humanos ao seu lado.
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