Um desafio de fé

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O cenário é de filme: ruas vazias, comércio parado, pessoas confinadas em casa, entretanto é tudo verdade. A maior parte da humanidade está isolada do contato físico, sem poder realizar plenamente suas atividades de trabalho, lazer, estudo e da vida de fé. E isso, com certeza, causa muita angústia à vida de todos nós.

Nem mesmo os mais velhos, que são mais vulneráveis neste momento, vivenciaram algo parecido em sua vida. Estamos reaprendendo a ficar em casa, a priorizar a convivência com nossos familiares, a dinâmica de ter de trabalhar com uma série de cuidados de higiene e também de tentar manter o ritmo em uma situação totalmente adversa.

Essas exigências não excluíram ninguém, isto é, independentemente do saldo da conta bancária, todos tivemos de fazer uma adaptação séria, que o Arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz, chamou de “Quaresma prolongada”. Uma ocasião para fortalecer nosso caminho espiritual.

Nessa mudança brusca de rotina, não tivemos muito tempo de nos preparar. Não são como as férias que, quando possível, programamos uma viagem ou mesmo uma seleção de filmes, livros, ou ainda a possibilidade de fazer uma visita ao amigo ou parente para quem estamos devendo há tempos. Foi tudo muito rápido e brusco.

Mas vamos em frente. Sim, vamos em frente! Tudo isso é passageiro! Independentemente de qualquer fake news ou teoria conspiratória que circule por aí, deve prevalecer nossa capacidade de recomeçar, reconstruir nossa vida, refazer nossa rotina. E a fé alimenta em nós essa esperança. Vamos procurar permanecer com os necessários cuidados, mas também alimentar nosso espírito com boas palavras de fé. Sugiro a leitura do Evangelho de São João.

Vamos consumir menos o noticiário. O excesso de informação nos deixa ansiosos. Basta assistir-lhe uma vez por dia. O restante do tempo, vamos cuidar de nós mesmos e daqueles que mais amamos.

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