Comportamento

Como ser testemunha do Evangelho no meu dia a dia?

Para ser uma testemunha de Cristo, é preciso, em outras palavras, uma coerência. Entenda mais no texto.

Martín Ugarteche (arquivo pessoal)

Escrito por Martín Ugarteche Fernández

06 JUL 2018 - 12H05 (Atualizada em 29 SET 2021 - 09H15)

Gostaria de começar a resposta à pergunta, citando um grande santo, São Gregório de Nissa:

“São três as coisas que manifestam e distinguem a vida cristã: a ação, a palavra e o pensamento. Das três, tem o primeiro lugar o pensamento. Em seguida, a palavra, que nos revela o pensamento concebido e impresso no espírito. Depois do pensamento e da palavra vem, na ordem, a ação, realizando por fatos o que o espírito pensou”. (cf. Tratado sobre a verdadeira imagem do cristão)

:: Por que os apóstolos seguiram Jesus?

Peço desculpas pela longa citação, mas acho que vai direto ao ponto: ser testemunha do Evangelho implica que toda a nossa pessoa, pensamentos, palavras e ações transmitam Cristo. É necessária, em outras palavras, uma coerência entre o que pensamos, dizemos e fazemos e aquilo que acreditamos.

O Senhor Jesus dizia aos seus apóstolos que a boca fala do que está cheio o coração. Se, muitas vezes, não conseguimos ser testemunhas de Cristo, é necessário que nos perguntemos:

- De que está cheio o meu coração?
- Quais são meus pensamentos e sentimentos habituais?
- Quais são as minhas motivações?

Shutterstock/ Yurakrasil
Shutterstock/ Yurakrasil

O Senhor Jesus também dizia aos seus apóstolos que ninguém acende uma luz para depois colocá-la debaixo da mesa, senão num lugar alto, para que ilumine toda a habitação. Porém, quando o nosso coração está cheio de futilidades, quando a nossa oração é pobre e burocrática, quando não buscamos o alimento interior nos Sacramentos e na Palavra de Deus, essa luz se apaga e não damos testemunho do Evangelho.

Ser testemunha do Evangelho no dia-dia é compartilhar com naturalidade o seu encontro com Deus. Não é falar de teorias, senão das maravilhas que Deus obra na sua vida. Mas, para isso, é necessário um cultivo, um caminho em que seu coração vai se abrindo à ação de Deus, que está sempre batendo à porta do seu coração.

Busque ajuda de outras pessoas, da sua idade ou mais amadurecidos, que o possam ajudar a abrir essa porta cada vez mais. Compartilhe com eles os seus avanços e quedas, pois é muito difícil perseverar sozinho na vida cristã.

Mas, sobretudo, muito ânimo e esperança, porque Deus sempre lhe dá a sua força para ser a sua testemunha, pois Ele quis escolher vasos de barro para carregar o mais maravilhoso conteúdo, a Boa Notícia da Salvação de toda a humanidade.

Escrito por:
Martín Ugarteche (arquivo pessoal)
Martín Ugarteche Fernández

É Doutor em Filosofia, professor universitário e formador católico. É especialista no pensamento de Karol Wojtyla (São João Paulo II). Desde 2003 impulsa diversos projetos de Evangelização da cultura, como o Concurso literário Histórias de Natal, os Ciclos de conferências Fé e Cultura, e a Exposição fotográfica Vida em Movimento. Também é criador do Curso “Filosofia para leigos”, oferecido totalmente On-line e autor do poemário “Brisa suave”, publicado recentemente em espanhol.

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