Por Irmão Joaquim Acassio Barbosa
Promotor Vocacional
A palavra vocação tem um significado muito amplo e sua raiz vem do latim “vocare”, que quer dizer “chamado” ou até podemos dizer “chamamento”. E entender esse chamado não é uma tarefa fácil, pois, quem chama quer uma resposta.
E esse chamado não é para algo superficial ou estático. Mas sim, concreto e dinâmico, diante de um projeto de amor. E o autor do projeto é o próprio Deus que, por amor a humanidade, chama, já no ventre materno “Antes de formar eu conheci e consagrei” (cf. Jr 1, 4-5) prepara (Jr 1, 9) e envia (Jr 1, 7-8).
Mas para cada chamado há um discernimento, ou seja, uma ação/efeito que se entende como a capacidade, e em outras palavras, de compreender para assim ter clareza e fazer uma opção.
Podemos tomar alguns passos para trilhar esse discernimento:
Ouvir
O ouvir é dar espaço para que Deus possa falar e falar ao coração. A atitude de ouvir e de estar aberto para acolher o projeto de Deus. Foi assim com os vários chamados que encontramos na Bíblia, homens e mulheres, que foram escolhidos para viver uma vocação específica centrado no amor. Como por exemplo, o profeta Samuel: “Fala que teu servo escuta” (1Sm 3, 1-10ss), os discípulos “Aqui estou, Senhor” (At 9, 10 -11) e Maria (cf. Lc 1, 38).
Cultivar
Para discernir precisamos ter atitudes concretas no cotidiano de nosso dia a dia. “A vocação é uma resposta corajosa, alegre e generosa ao chamado de Deus, percebida no cotidiano da vida e na história” (Papa Francisco). E esse cultivar passa pelo viés da amizade, da intimidade com aquele que chama para a uma unidade: “Eu sou a videira” (cf. Jo 15, 1- 5).
Ir ao encontro
“Os passos do homem são dirigidos pelo Senhor. Como poderia alguém discernir seu próprio Caminho? (Pr 20. 24). Isso para dizer que não há discernimento, caminhando só, mas sim, na comunhão que tomamos parte quando fomos levados as águas do batismo (cf Rm 12) pois, é na igreja (comunidade de fé), que somos encorajados e edificados (cf. 1Ts 5, 11).
Alguns relatos na Sagrada Escritura, nos mostra que, os que ouviram falar de Jesus, foram ao seu encontro para conhecer, para vivenciar. E depois tomaram uma atitude diante das palavras e dos gestos: “A vocação dos primeiros Apóstolos (cf. Jo 1, 35-47); “A conversão de Zaqueu” (cf. Lc 19, 1-10).
Ter liberdade
O Papa Francisco na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (nº 273), vai nos dizer:
“Eu sou uma missão nesta terra, e para isso estou neste mundo. É preciso considerarmo-nos como que marcados a fogo por esta missão de iluminar, abençoar, vivificar, levantar, curar, libertar.[...]”.
Como isso, o “discernimento torna-se um instrumento de compromisso forte para seguir melhor o Senhor. Assim o desejo de conhecer a própria vocação adquire uma intensidade suprema, uma qualidade diferente e um nível superior, que responde muito melhor à dignidade da vida.
"Porque, em última análise, um bom discernimento é um caminho de liberdade que faz aflorar a realidade que é tão sua, tão pessoal que só Deus a conhece. Os outros não podem entender plenamente nem prever de fora como se desenvolverá” (Christus Vivit, nº 295).
Oração
“Peçam, e lhes será dado! Procurem, e encontrarão! Batam, e abrirão a porta para vocês! Pois todo aquele que pede, recebe; quem procura, acha; e a quem bate, a porta será aberta” (Mt 7, 7-8).
Falando de oração e discernimento, o Papa Francisco em uma audiência Geral declarou:
“Estar em oração significa abrir o coração a Jesus, aproximar-se de Jesus, deixar que Jesus entre no meu coração e nos faça sentir a sua presença. E nisto podemos discernir quando é Jesus e quando somos nós com os nossos pensamentos, muitas vezes distantes daquilo que Jesus quer”.
E tudo que pedires em oração, se crerem, vocês receberão (Cf. Mt 21, 18 -22).
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