Falar sobre o papel da mulher na Igreja não é uma tarefa fácil, porque envolve diversos fatores, como o modo de pensar do mundo e também a maneira histórica de se tratar a mulher (que se infiltra, em maior ou menor grau, no modo de pensar e de agir da Igreja), que são complexos e precisam ser tomados em consideração com calma.
Leia MaisPapa critica machismo e elogia mulheres na gestão do VaticanoÉ um fato que a Igreja atualmente tem dado uma relevância maior a esse tema.
O Papa Francisco, em diversas ocasiões, manifesta seu especial interesse em que as mulheres não se sintam hóspedes, mas participantes plenas na vida da Igreja.
Se queremos pensar um pouco sobre a dignidade da mulher e o seu papel na Igreja, precisamos fazê-lo junto com Maria, a primeira e a melhor discípula do Senhor Jesus. Ela nos precede, nos diz o Catecismo, na Santidade, que é o mistério da Igreja como “a Esposa sem mancha nem ruga”.
A Igreja está ordenada à santidade dos seus membros e possui, em Maria, uma mulher, a primeira santa depois de Jesus e, por isso, podemos dizer que “a dimensão marial da Igreja antecede a sua dimensão petrina”.
Maria precede a Pedro. Uma mulher e leiga precede a um homem sacerdote, a um Papa. Isso é algo que precisamos levar em consideração com muito carinho.
O Papa Francisco, de maneira bem-humorada, chegou a dizer: “A Igreja é mulher. É 'a Igreja', não 'o Igreja'”. Penso que muito do mal-entendido papel da Mulher na Igreja pode ser elucidado ao desmascararmos o pensamento clericalista que diz que os sacerdotes ordenados são os únicos que fazem algo realmente importante na Igreja.
Que uma mulher não possa ser ordenada não quer dizer que ela seja menos importante do que o homem, assim como o homem não é menos importante do que a mulher porque não pode ficar grávido, por exemplo.
Deus nos criou homens e mulheres com a mesma dignidade, mas diferentes e complementares. Cada um possui um papel importante no Plano de Deus e na história da Igreja.
É verdade que precisamos, como Igreja, nos debruçar sobre essa questão do papel da mulher, que muitas vezes foi diminuído, tanto na Igreja como no mundo, mas a resposta não está em que ela faça tudo o que o homem faz, sem distinção, mas em que cada um, homem e mulher, faça o que lhes corresponde no Plano de Deus. Maria, por exemplo, é leiga e foi escolhida para a missão de ser a mãe do Senhor Jesus.
Nesse sentido, é bom ver o que o Papa Francisco disse de maneira mais concreta, porque é verdade também que, em posições que as mulheres poderiam estar, muitas vezes elas não estão:
“É desejável, portanto, uma presença feminina mais ramificada e incisiva nas comunidades, de modo que possamos ver muitas mulheres envolvidas nas responsabilidades pastorais, no acompanhamento de pessoas, famílias e grupos, assim como na reflexão teológica”.
Que homens e mulheres possam juntos contribuir, como filhos e filhas de Deus, cada um desde quem são, com o Plano de Deus, sendo testemunhas de Seu amor misericordioso no mundo.
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