A Rádio Aparecida convida você a vivenciar junto a trajetória de vida missionário de São José de Anchieta:
José de Anchieta era um jovem inteligente, alegre, estimado e muito querido por todos e um ótimo escritor. Sempre afirmou ter sido influenciado pelos escritos de São Francisco Xavier e ele amava a poesia e gostava ainda mais de declamar. Por causa de sua voz doce, era chamado pelos companheiros de “canarinho”.
O futuro santo, além de catequizar os índios, criou as condições para que eles pudessem se adaptar a chegada dos colonizadores, fortalecendo sua resistência cultural. Ele foi o primeiro a escrever uma gramática na língua tupi-guarani e ensinar noções de higiene, medicina, música e literatura aos indígenas; mas além de ensinar, Anchieta fazia questão de aprender com os índios, desenvolvendo diversos estudos da fauna, da flora e do idioma. Isso chama-se inculturação.
No ano de 1563, quando realizava uma de suas missões de paz junto com seu mestre Padre Manoel de Nóbrega, Anchieta se entregou como refém aos índios tamoios ao tentar conciliar os colonizadores e os índios. Nessa ocasião de reclusão, José de Anchieta iniciou-se o famoso poema da Virgem Maria com 5.732 versos latinos. Conta-se que alguns desses versos foram escritos nas areias da praia de Iperoig e que ele teria guardado o poema em sua memória, e só mais tarde colocou no papel o que as ondas do mar levaram.
“Mãe, mais esse precioso fruto de teu ventre deu vida eterna a todos os fiéis que o amam e prefere a magia do nascer à força da morte, ressurgindo deixou a ti como penhor de herança, mas finda tua vida. O teu coração perseverou no amor, foi para o teu repouso com um amor muito forte, o inimigo te arrastou a essa Cruz amarga que pesou incômodo em teu doce seio. Morreu Jesus traspassado com terríveis chagas. Ele, formoso, o espírito, glória e luz do mundo”.
No dia 9 de junho de 1597 Padre José de Anchieta veio a falecer na pequena Vila de Reritiba em território capixaba. O santo Apóstolo do Brasil morreu aos 63 anos na cidade em que ele mesmo ajudou a fundar, hoje em dia chamada "Anchieta", deixando para todo o povo exemplos de simplicidade, compaixão e fé. Homem de espiritualidade de temor a Deus, cultivou a cultura do respeito ao ser humano e de valorização do próximo.
O processo de sua beatificação teve início em 1617, mas só em 22 de junho de 1980 é que foi beatificado pelo Papa João Paulo II em Roma. Tendo sido iniciado pouco tempo após sua morte, o processo de canonização durou mais de 400 anos por conta de uma acusação inverídica e pela difamação sofrida pelos jesuítas no século 18, o que levou à expulsão da Ordem do Brasil em 1759.
Outro entrave para o processo foi a falta de comprovação de um milagre, pois da Igreja Católica são necessários ao menos dois milagres comprovados para que uma pessoa seja declarada Santo, um para beatificação e outro para a canonização.
No dia 3 de abril de 2014 o Papa Francisco publicou um decreto declarando José de Anchieta como Santo. A canonização de Anchieta justifica-se pelo trabalho missionário e evangelizador a realizado no Brasil da catequização dos índios até a fundação de missões dos Jesuítas em diversas províncias do país.
No dia 24 de Abril de 2014 o Papa Francisco celebrou uma missa de Ação de Graças pela canonização de São José de Anchieta na Igreja de Santo Inácio de Loyola em Roma.
Conheça o santo:
José de Anchieta nasceu em San Cristóbal de La Laguna (Canárias), em 19 de março de 1534. Entrou para a Companhia de Jesus em 1º de maio de 1551e foi enviado para o Brasil em Salvador. É lembrado pela celebração da primeira missa nessa missão, que recebeu o nome de São Paulo em homenagem ao apóstolo missionário. Essa data é reconhecida oficialmente como marco histórico da fundação da cidade de São Paulo.
Anchieta foi sempre um religioso profundamente interessado nas pessoas, dando especial atenção aos pobres e doentes, mas também aos grupos indígenas ameaçados e aos negros escravizados. É reconhecido carinhosamente como o “Apóstolo do Brasil ”.
Aprenda mais sobre o santo aqui:
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