São Clemente foi um Redentorista determinado e muito dedicado em sua Missão Redentorista junto aos pobres mais abandonados de seu tempo.
Narrada pelo missionário redentorista Pe. Vinícius Ponciano, conheça a história de São Clemente e sua importância para os redentoristas em 10 episódios.
“Anunciar o Evangelho de modo sempre novo”
São Clemente, homem de temperamento forte, no início do século XIX influenciou fortemente a vida eclesial vienense. Com sua pastoral missionária e engajada trilhou novos caminhos.
Pregando o Evangelho de modo sempre novo, São Clemente influenciou cientistas, artistas, estudantes e professores da Universidade de Viena.
Nasceu em Tasswitz (Morávia), no dia 26 de dezembro de 1751. Aos 16 anos começou seu aprendizado de padeiro em Znaim. Em 1778 fez uma peregrinação a Roma, onde juntou-se, pela emissão dos votos religiosos, a uma comunidade de eremitas, e adotou o nome de Clemente.
Provavelmente em 1782 aconteceu o primeiro encontro de Clemente com Nikolaus Joseph Albert von Diessbach, ex-jesuíta, oriundo de Berna, que exerceu forte influência sobre ele e chamou sua atenção para a Congregação Redentorista.
Três anos depois, Clemente entrou na Congregação Redentorista em Roma, com seu amigo Tadeu Hübl. Em 1786, após a ordenação, ambos voltaram para o norte e detiveram-se um ano em Viena para completar seus estudos. São Clemente foi nomeado Superior de todas as casas a serem fundadas ao norte dos Alpes. Daí vem o nome de “Redentoristas transalpinos”.
O Iluminismo ou Século das Luzes foi um movimento intelectual e filosófico que dominou o mundo das ideias na Europa durante os séculos XVII e XVIII. Esse período foi também chamado de “Século da Filosofia”. Foi São Clemente Maria Hofbauer um perseguidor ou combatente do Iluminismo?
As mais diferentes biografias de São Clemente afirmam que ele foi um grande derrotador do Iluminismo. No entanto, tal afirmação é inverídica. Evidentemente, São Clemente alertou as pessoas de seu tempo sobre as implicações, sobretudo negativas, do Século das Luzes no campo moral, social e religioso.
Como modesto e incansável cuidador do corpo e da alma, São Clemente deixou claro que, se o Evangelho quisesse continuar sendo relevante, o mesmo teria que ser anunciado de modo novo para poder responder às novas questões que surgiam quase que na velocidade da luz.
São Clemente Maria Hofbauer, o moderno “homem austríaco”, foi o nono filho de uma irmandade de doze irmãos. Seu pai morreu quando ele tinha seis anos de idade. Sua mãe, com o olhar no crucificado, disse ao menino Clemente: “Daqui em diante é Ele o teu pai”.
A vida e a missão de São Clemente na Congregação do Santíssimo Redentor foram fortemente marcadas por obras apostólicas e ações de caridade junto aos pobres mais abandonados.
São Clemente M. Hofbauer possuía uma naturalidade espontânea. As pessoas que conviviam com ele falavam de seu olhar afogueado e de seus olhos pequenos que eram capazes de enxergar o interior das pessoas.
Contudo, São Clemente não era um super-homem. Ao contrário, ele era um religioso de coração grande e possuía uma fé sem medidas. Ele se orgulhava e se gabava dos contatos e amizades que tinha. Biógrafos afirmam que, não raro, São Clemente se deixava ser levado por acessos irrefreáveis de cólera. Ele era irascível por natureza. Mas, depois ele rezava, se arrependia e pedia desculpas a seus companheiros.
Dizia São Clemente:
“Sim, infelizmente este é o meu defeito, mas agradeço a Deus por tê-lo, pois se não o tivesse eu seria tentado a beijar minha própria mão por respeito a mim mesmo". (Monumenta Hofbaueriana XV,21)
No entanto, apesar de seus defeitos, São Clemente foi um exímio pregador e confessor. Ele pregava o Evangelho de maneira extremamente popular. Ele pregou o Evangelho para o povo bem simples.
No confessionário deixava transparecer sua sensibilidade e uma profunda espiritualidade. Passava horas no confessionário sem se levantar. Seus conselhos eram breves, sérios e cordiais. Sempre dizia aos seus penitentes: “Coragem, pois! Deus dirige tudo!”
São Clemente, apesar de seu gênio forte, foi um redentorista sensível. Sua sensibilidade com os outros transparecia não somente nas pregações. Várias vezes ele achou uma palavra salvadora para as pessoas que estavam desiludidas com a Igreja Católica e não queriam mais saber de padre algum.
São Clemente tinha um olfato especial para ajudar as pessoas que estavam desesperadas com a vida. São Clemente tinha sempre em vista a pessoa toda. Com ternura ele consolava os necessitados, não só apontando para além-mundo. Ele ajudava as pessoas ali mesmo e na hora, sem muitas palavras piedosas.
São Clemente era impelido em sua missão redentorista pela “ânsia de transmitir a própria experiência consoladora da Fé”. De ninguém ele escondia seu amor incondicional pela Igreja Católica.
Para São Clemente, uma pessoa sem fé era semelhante a um peixe fora d’água. Certa vez ele falou assim de si mesmo: “Sou orgulhoso, sou vaidoso, não aprendi nada, mas uma coisa eu sou: católico dos pés à cabeça”.
Em parte alguma a largueza espiritual de São Clemente se mostrou maior do que seu relacionamento com as pessoas de outra religião, as quais acolhia com cordialidade e compreensão. A todos São Clemente tratava com grande delicadeza.
Os protestantes alemães em Viena admiravam e consideravam muito São Clemente por causa de sua “piedade alegre e robusta”. Muitos, inclusive protestantes, gostavam de participar das Missas que São Clemente celebrava porque ele não era afeito “nem ao obscurantismo fanático, nem à unção rançosa e nem à beatice adocicada”, tão comuns nos dias atuais.
Graças a São Clemente, a Congregação do Santíssimo Redentor se abriu e acolheu novas realidades além do Reino de Nápoles. São Clemente, como um verdadeiro pastor, guiou a Congregação Redentorista rumo às novas realidades. Com criatividade, inventou novas formas de vida e de apostolado, úteis e necessárias nas novas áreas de missão.
Morreu em Viena, no dia 15 de março de 1820. Alguns dias após sua morte, a Congregação Redentorista foi reconhecida oficialmente na Áustria. A memória de São Clemente continua viva na História. Em 1887 São Clemente Maria Hofbauer foi beatificado pelo Papa Leão XIII.
Há cerca de cem anos, no dia 20 de maio de 1909, teve lugar a canonização por Pio X. Desde então sua veneração não diminuiu, mas cresceu. Na Áustria, Alemanha e Suíça foram-lhe dedicadas numerosas igrejas.
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