Matheus Andrade/Santuário Nacional
Assembleia Geral CNBB

8 livros indicados por bispos para a juventude

A12 perguntou aos bispos participantes da 61ª Assembleia Geral quais livros indicar para a juventude a partir da caminhada religiosa

Escrito por Beatriz Nery

19 ABR 2024 - 15H01 (Atualizada em 19 ABR 2024 - 16H30)

Na era da informação rápida e superficial, a educação pela leitura surge como um farol de conhecimento e discernimento. Por meio dela, não apenas expandimos horizontes, mas também cultivamos valores essenciais, como empatia, ética e compaixão.

A 61ª Assembleia Geral da CNBB revela a preocupação dos bispos do Brasil em direcionar a juventude para esse caminho transformador. A leitura, aliada à evangelização, enriquece intelectualmente e fortalece os alicerces espirituais, guiando os jovens na construção de um mundo mais justo e solidário.

O A12 perguntou para cinco bispos e três cardeais suas indicações para a juventude, diante de livros que marcaram sua vida religiosa ou livros preciosos para o desenvolvimento do jovem na Igreja:

Querida Amazônia — Papa Francisco
Cardeal Leonardo Steiner, Arcebispo Metropolitano de Manaus (AM) e presidente do Cimi

“É um livro bastante didático e é um livro que nos desperta para o cuidado, porque aborda quatro sonhos, no sentido de sonhos de São José, quer dizer, são sonhos que constroem o futuro, sonhos que indicam o caminho, que muda até um pouco a questão da nossa evangelização. Papa Francisco vai nos dizer a levar em consideração as questões culturais, sociais, ecológicas e as comunidades concretas de vida que ali estão, as comunidades de fé. É quase um resumo das discussões que aconteceram durante o Sínodo, que foi sendo um respiro e, ao mesmo tempo, uma palavra de todos aqueles que tentavam trazer para o Sínodo a experiência evangelizadora que acontecia na Amazônia”.

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Influenciadores Digitais Católicos: Efeitos e Perspectivas — Fernanda de Faria Medeiros, Aline Amaro da Silva, Alzirinha Rocha de Souza, Moisés Sbardelotto, Vinícius Borges Gomes
Dom Valdir José de Castro, bispo de Campo Limpo (SP) e presidente da Comissão para a Comunicação Social da CNBB

“É um livro em que entendemos um pouco o que está por detrás dos influenciadores, como isso acontece e a preocupação da Igreja justamente de ter influenciadores que criem em comunhão, que estejam unidos, que sejam testemunhas do Evangelho. Isso não significa que não se devem fazer críticas, mas construtivas; a gente faz crítica, mas a gente está caminhando junto, e eu acho que é esse equilíbrio que precisamos fazer. Esse livro parece que ajuda a entender um pouco que é o primeiro livro que foi escrito de forma científica, analisando alguns influenciadores católicos”.

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Leia Mais5 livros da Editora Santuário escritos por bispos

Christus Vivit: Para os jovens e para todo o povo de Deus – Papa Francisco
Dom Vilsom Basso, bispo de Imperatriz (MA), presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB

“Papa Francisco diz assim: ‘é uma carta aos jovens do mundo inteiro’. Você lê e aquilo está falando contigo, o jovem irá sentir: ‘o Papa está falando comigo’. Nós demos de presente para todos os bispos, pois ali tem uma bela notícia em que todo mundo entende, é uma linguagem juvenil e, ao mesmo tempo, vai ser um estímulo para você nos ajudar na evangelização das juventudes do Brasil”.

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Ser Finito e Ser Eterno — Edith Stein
Dom Leomar Antônio Brustolin, Arcebispo da Arquidiocese de Santa Maria e Presidente da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB

“Eu quero sugerir que se leia cada vez mais uma grande educadora, que eu acho que para pedagogos, para místicos, para pensadores é fundamental, que se chama Edith Stein. Este livro é muito importante para mostrar que nós somos um todo e eu acho que nós não podemos perder a noção de quem somos. E por isso uma educação integral pode ser recuperada por leituras bem importantes, clássicas, que possam ajudar. A recuperarmos o sentido da antropologia cristã”.

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Jesus, Aproximação Histórica — José Antônio Pagola
Dom Eugênio Barbosa Martins, bispo da Diocese de São João da Boa Vista (SP)

“É uma preciosidade. O autor fala de toda a história de Jesus em um estudo bíblico e pastoral. Quando a gente lê esse livro, nossa intimidade com Jesus fica muito profunda”.

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Confiteor — Paulo Setúbal
Cardeal Odilo Scherer, bispo de São Paulo (SP) e Grão-Chanceler da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

“Quando era menino adolescente, li um livro de Paulo Setúbal, em que um jovem estudante que ficou doente teve que ir para o sanatório se curar da tuberculose. Nesse tempo de cura da sua saúde ele começou a refletir sobre a vida, teve uma orientação boa e acabou se convertendo a fé. Esse livro é um belíssimo testemunho da sua conversão e me fez muito bem. Eu acho que pode ser um testemunho bonito para muitos jovens.”

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Beato Carlo Acutis: 5 Passos para ser um santo — Pe. Anthony Figueiredo
Dom Ângelo Ademir Mezzari, bispo auxiliar da arquidiocese de São Paulo (SP) e presidente da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB

“Eu lembro um fato muito interessante quando eu entrei no seminário dos Rogacionistas. Eu era adolescente e o que me tocou muito o coração foram os livros de santos. Era muito comum nos seminários lerem esse tipo de livro, tinha também com santos mais jovens, santos adolescentes que os nossos formadores pediam para ler. Eu acho que hoje a gente sabe que nessa cultura atual o exemplo toca muito. Temos agora Carlo Acutis, por exemplo, e aqui no Brasil também, com novos beatos e santos.”

Editora Santuário
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Pensar como Jesus pensou – Padre Zezinho
Cardeal Paulo Cezar Costa, Arcebispo de Brasília (DF)

“No tempo da minha juventude eu li muitas coisas e li livros do Padre Zezinho, que naquele tempo era alguém que nos inspirava, e que continua a nos inspirar até hoje, mas há muitos livros interessantes que a juventude pode e deve ler, que nos ajudam a irmos aprofundando no segmento de Jesus Cristo, e nos ajudam também a ter um olhar mais abrangente, a ter um olhar dialogante, a termos uma fé que tenha incidência nas pequenas e grandes questões da vida, do dia a dia. O caminho é esse: incentivar o jovem a ler, incentivar o jovem a cada vez mais entrar nesse mundo. Nós estamos num mundo que existe muita informação, mas o problema é, às vezes, o uso dessa informação. Há autores que dizem que o perigo é o uso da informação sem sabedoria, e a sabedoria é algo que a gente adquire através da leitura através de lermos boa literatura”.


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Fonte: Colaboração: Alberto Andrade e Laís Silva

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