Não é todo dia que se pode falar uma notícia positiva como esta. Comprovadamente, 13 milhões de brasileiros deixaram de passar forme em 2023.
A fome, segundo definição da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), é a privação de uma alimentação de qualidade, nutritiva e suficiente durante todo o ano, sendo geradora de má nutrição e/ou desnutrição. A fome constante provoca mal-estar físico e psicológico, tendo impacto no desenvolvimento, na mortalidade infantil e na expectativa média de vida da população.
Leia MaisEstudo afirma que 13 milhões de brasileiros deixaram de passar fome em 2023CNBB lança campanha de enfrentamento à fomeA tragédia da fomePor outro lado, existe também a insegurança alimentar, que acontece quando as pessoas não têm acesso regular e permanente a alimentos em quantidade e qualidade suficiente para sua sobrevivência, como define a FAO.
Isso quer dizer que a pessoa em estado de insegurança alimentar passa pelas incertezas de quando, como e quanto irá comer em sua próxima refeição, colocando em risco sua nutrição, saúde e bem-estar.
E agora a notícia positiva: Num cenário que vinha piorando a cada ano no Brasil, sobretudo, no período da pandemia, está acontecendo agora uma inversão e o número de pessoas que passa fome tem diminuído de forma consistente no Brasil desde o ano passado.
A que se deve esta redução do número de famintos em nosso país: Isso veio pela somatória de alguns fatores como a melhoria nas condições de vida dos brasileiros, aumento da renda e retomada do Programa Bolsa Família com outros critérios. O favorecimento da agricultura familiar ou da pequena e média agricultura é outro fator importante, pois elas são quem, de fato, produzem os alimentos que chegam as mesas dos brasileiros, porque o agronegócio mira mais o mercado internacional com a produção dos chamados comodities.
O problema, entretanto, ainda é alarmante porque o nível de insegurança alimentar grave voltou aos patamares de 2020, antes da pandemia, e ainda não foi resolvido. Há muito ainda por se fazer!
Olhemos também para fora de nós, porque no mundo são 3,1 bilhões de pessoas em situação de insegurança alimentar e 783 milhões passando fome, como revelam os dados da ONU. A região mais afetada é a África, continente em que um a cada cinco indivíduos sofre de fome. Esse número é mais do que o dobro da média mundial.
A amizade social, como bem nos propõe a Campanha da Fraternidade deste ano, deve nos levar a fazer o que estiver ao nosso alcance, especialmente evitando o desperdício, para que a fome desapareça de vez do mundo.
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