O arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Jaime Spengler, assinou o segundo acordo de cooperação técnica entre a Conferência Episcopal e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão ligado ao Ministério da Cultura.
A cerimônia contou com a presença do presidente do Iphan, Leandro Grass, e teve a participação dos bispos que compõem o Conselho Permanente da CNBB.
O novo documento assinado entre as partes prevê o tema dos desafios e soluções para recuperação e manutenção do Patrimônio Cultural da Igreja Católica no Brasil. Um dos pontos é a possível criação de um fundo nacional para a preservação de prédios históricos, igrejas e obras de arte.
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Dom Jaime Spengler salientou que os bens culturais de posse da Igreja Católica pertencem ao povo brasileiro e sua história, os quais “trazem marcas da fé e da coragem dos nossos antepassados”. Ele disse também que o acordo "favorece a nossa cultura e a tradição do nosso povo”.
“Que possamos avançar nesse caminho de cooperação recíproco, e colaborar para que as futuras gerações possam contemplar o que os antepassados, com fé e coragem, construíram”, completou Spengler.
O presidente do Iphan, Leandro Grass, destacou o diálogo no processo de elaboração do acordo e agradeceu o apoio dos bispos, padres e leigos que contribuíram com o novo documento.
Leandro Gass, presidente do Iphan e dom Jaime Spengler, presidente da CNBB
Grass destacou em sua fala que 32% dos bens tombados pelo Iphan fazem parte do patrimônio cultural católico. O presidente do órgão comentou que um dos principais desafios do ponto de vista da manutenção e conservação desse patrimônio está na impossibilidade de comportar essas ações no orçamento público.
Uma alternativa prática, segundo Leandro, é a busca de parcerias, especialmente via Lei Rouanet, onde empresas podem apostar recursos, sendo dinheiro de tributos que deixam de ser recolhidos para serem aplicados na cultura.
Para Grass, ver a satisfação dos padres quando veem seus espaços sendo restaurados não têm preço. “Não são só grandes iniciativas públicas, mas a vida do povo, aumenta a autoestima, a alegria”, disse.
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