Nesta semana, a Igreja celebra o Natal do Senhor. E o Natal é uma solenidade. Mas você sabe qual é a diferença entre solenidade, festa e memória no calendário litúrgico? Entender essa distinção ajuda a compreender melhor o Ano Litúrgico e como cada momento festivo é vivido nas celebrações eucarísticas.
A Igreja celebra ao longo do ano o Mistério Pascal de Cristo, morto e ressuscitado em cada missa. Esse princípio está claramente expresso na Constituição Sacrosanctum Concilium, do Concílio Vaticano II, que afirma que a liturgia torna presente a obra da salvação realizada por Cristo (SC, 102-104).
Como explica o Pe. Pablo Vinícius, C.Ss.R.:
“Se é solenidade, festa ou memória, o que deve estar presente é a celebração do Mistério Pascal, porque a Igreja, que somos nós, vive, é nutrida pela celebração do Mistério Pascal de Cristo morto e ressuscitado.”
A diferença entre solenidade, festa e memória está no grau de importância da celebração e nos elementos litúrgicos utilizados.
A solenidade é o grau mais alto de celebração da Igreja. Marca os grandes mistérios da fé. É o caso do Natal, da Páscoa, de Pentecostes e de algumas celebrações marianas e do Senhor.
Na solenidade do Natal, por exemplo, a Igreja celebra o mistério da Encarnação do Filho de Deus. Por isso, segundo a Instrução Geral do Missal Romano (IGMR), a celebração inclui sinais próprios, como Canto do Glória, Proclamação de três leituras bíblicas e Profissão de fé, o Credo.
O que é uma festa?
A festa também tem grande importância, mas está um grau abaixo da solenidade. Ela é dedicada, sobretudo, aos apóstolos, aos mártires e a alguns santos com destaque especial na história da Igreja, como Santa Maria Madalena. O foco está na missão e no testemunho daqueles que seguiram Cristo de forma radical. As vestes litúrgicas mudam também.
A memória celebra a vida dos santos e santas. São homens e mulheres que viveram o Evangelho com fidelidade no cotidiano. Também entram aqui títulos de Jesus e de Nossa Senhora.
As memórias podem ser obrigatórias, quando constam fixas no calendário ou facultativas, quando o celebrante pode optar por celebrá-las ou não. Assim, a estrutura da Missa é mais simples e adaptável ao tempo litúrgico.
Imagem de São Geraldo Majella no Santuário Nacional
O Calendário Romano Geral deixa claro que essas distinções não criam divisões na fé. Elas ajudam a Igreja a organizar o tempo e aprofundar cada aspecto do mistério Pascal de Cristo.
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