Brasil

CNBB reforça legado de humildade e fé do Papa Francisco

Coletiva de imprensa traz posicionamento da Igreja do Brasil diante da perda do Santo Padre

Escrito por Beatriz Nery

21 ABR 2025 - 16H01 (Atualizada em 24 ABR 2025 - 16H28)

Reprodução/CNBB

A morte do Papa Francisco, nesta segunda-feira (21), mobilizou toda a Igreja no Brasil.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) convocou uma coletiva de imprensa em sua sede em Brasília (DF) para prestar homenagens e compartilhar impressões sobre o legado deixado pelo Pontífice.

Dom Ricardo Hoepers, bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, emocionou-se ao recordar o carinho do Papa com o povo brasileiro:

“Ele olhou para o Brasil com expectativa, diante do modo de como somos Igreja e também sermos um modelo para que a Igreja se dinamize e se atualize cada vez mais. Era um sentimento verdadeiro e puro que ele sentia por todo o povo brasileiro”, afirmou.

Ele também destacou a simplicidade do Santo Padre: “O nome dele era Francisco e ele viveu de forma coerente com esse nome, com simplicidade.”

Reprodução/CNBBReprodução/CNBB
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Dom Ricardo Hoepers, secretário-geral da CNBB


Durante a coletiva, o núncio apostólico no Brasil, Dom Giambattista Diquattro, refletiu sobre a identidade do Papa e o perfil dos cardeais brasileiros. Para ele, todos seguem uma mesma fonte:

“A linha do Papa Francisco e dos cardeais do Brasil é a linha do Evangelho, inspirada no Concílio Vaticano II. É a linha de Jesus Cristo.”

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Dom Giambattista Diquattro, núncio apostólico no Brasil


A CNBB ressaltou a importância da diversidade no Colégio Cardinalício, ressaltando que são 252 cardeais de 90 países. Essa pluralidade será fundamental no processo de escolha do novo papa. Dom Ricardo declarou:

“Cremos que o Espírito Santo conduzirá o processo. Francisco nos deixou um colégio mais plural e expressivo.”

O bispo também lembrou o impacto social e pastoral do Papa Francisco:

“Ele trouxe à tona a importância de reconhecer a dignidade das pessoas. Falava de uma Igreja de proximidade, de diálogo. Suas mensagens não eram ideológicas, mas profundamente evangélicas.”

Já Dom Giambattista reforçou o papel espiritual do momento que a Igreja vive:

“O conclave é uma comunhão. Os cardeais rezam ao Espírito Santo para que Ele seja sempre o protagonista da Igreja.”

A CNBB informou ainda que a Igreja no Brasil se prepara para celebrar missas em todas as dioceses, num período de nove dias de oração. Na próxima quarta-feira (24), a Catedral de Brasília sediará uma missa especial, com participação de representantes do episcopado nacional.

Dom Giambattista encerrou com um apelo:

“Rezemos todos pelo Papa e pelo seu sucessor. Que seja alguém fiel à linha do Evangelho e à sinodalidade, elementos fundamentais para a vida cristã.” 

Já na quarta-feira (23), os bispos que presidem os regionais da CNBB deixaram suas mensagens de gratidão em vídeo:

:: Bispos de todo o mundo agradecem pelo serviço do Santo Padre à Igreja

Fonte: CNBB

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