Nesta terça-feira (07), acontece pela 27ª vez o Grito dos Excluídos. O movimento mudou a cara do 7 de Setembro e da Semana da Pátria, chamando o povo para descer das arquibancadas dos desfiles cívicos e militares e participar, ativamente, na luta por direitos, nas ruas e praças, nos centros e nas periferias de todo o Brasil. O tema proposto para 2021 é: “A Vida em primeiro lugar” e o lema “Na luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda já”. O objetivo é ecoar denúncias e buscar um projeto de país mais justo e igualitário, na defesa da dignidade da vida em primeiro lugar.
O “Grito”, como é conhecido, manifesta simbolismos, sempre aberto a grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas da população mais vulnerável.
Em Aparecida, acontece também, junto ao Grito dos Excluídos, a Romaria dos Trabalhadores que todos os anos convida os integrantes a participar da missa das 9h, no Santuário Nacional.
Quem preside a celebração é o Arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes.

Para falar mais sobre o assunto, o A12 conversa com Cleiton Gomes da Silva, secretário de assuntos municipais da Confederação Nacional dos Trabalhadores (CNTE), entidade que integra o Grito dos Excluídos. Ele mostra com exclusividade mais informações sobre este evento.
A12 - São 27 anos de Grito dos Excluídos e das Excluídas. As lutas sociais se tornaram mais desafiadoras nestas quase três décadas?
Cleiton Gomes da Silva - Sim, nessas três décadas podemos afirmar com certeza que as diferenças sociais têm aumentado principalmente nesses últimos anos e com a pandemia ficou mais claro isso, no sistema de saúde um caos, só não entrou em colapso devido ao SUS e seus profissionais. As políticas públicas direcionadas aos mais pobres, aos vulneráveis e excluídos não são suficientes para atender tais demandas. Lógico a Emenda constitucional 92, contribui de forma significativa para aumento da pobreza e desigualdade.
Leia MaisA12 faz 11 anos com programação especial na internet A12 - O grito é manifestação aberta a todos?
Cleiton Silva - O grito é uma manifestação plural, aberta a todos e todas que são excluídos, marginalizados.
A12 - Em tempos tão conturbados e com grande polarização de opiniões. Como abrir diálogo?
Cleiton - O grito é aberto ao diálogo com todos, ele tem uma característica de acolher, não é partidário e tem na sua composição os movimentos sociais que se preocupam com o outro, portanto nesse momento de polarização ele vai dialogar com todas as forças democráticas na construção de um país melhor.
A12 - Na sua opinião quais são as vozes mais silenciadas hoje no Brasil?
Cleiton - São todos que estão à margem, as pessoas em situação de rua, mulheres e homens negros e pobres, sem teto, sem terras, os índios. Não podemos esquecer das pessoas idosas, daqueles que não tem acesso ou quando acessam é de forma precária o ensino e a educação, ou seja, infelizmente a maioria da população brasileira.

A12 - Quais são as motivações para 2021?
Cleiton - Quando terminamos um Grito começamos a organizar o outro, o tema central é Vida em primeiro lugar e lema: Na luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda, já! Essa é a nossa motivação, diria mais, é a nossa necessidade.
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