Aconteceu na última quinta-feira (28), na PUC Rio, o “Seminário Cultural Católico no Brasil – Desafios e Alternativas de Financiamento”. O evento foi promovido pela universidade, em parceria com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio de sua Comissão de Cultura e Educação.
O seminário também contou com parceria do Ministério Público Federal e do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). O encontro aconteceu no Espaço Dom Luciano Mendes, no Rio de Janeiro (RJ). O objetivo foi abrir o diálogo sobre os caminhos que preservem a memória e fortaleçam a identidade cultural por meio do patrimônio artístico e histórico ligado à Igreja Católica do Brasil.
A programação teve como abertura a apresentação da Camerata Jovem do Rio de Janeiro, seguida de abertura institucional e de conferências que abordaram os temas: “O papel do IPHAN e da CNBB na defesa do patrimônio cultural da Igreja Católica no Brasil”, “Novas alternativas de financiamento do patrimônio religioso no Brasil”, e “Como as melhores práticas internacionais e o Acordo Brasil – Santa Sé podem auxiliar na preservação do Patrimônio histórico e artístico”.
O reitor da PUC Rio, padre Anderson Antônio Pedroso, S.J., destacou o caráter histórico do encontro, pois reuniu academia, representantes da gestão de políticas públicas e Igreja para apontar perspectivas para a gestão do patrimônio histórico: “A arte e o patrimônio por si só não se mantém se não tiver pessoas e grupos que cuidem deles”, disse padre Anderson.
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O grão-chanceler da PUC Rio, cardeal Orani Tempesta, afirmou que o patrimônio histórico conta ao mesmo tempo a história da Igreja e do Brasil. O arcebispo do Rio de Janeiro enalteceu o seminário como ferramenta importante para desenhar os rumos sustentáveis de financiamento do patrimônio histórico do Brasil.
“A preservação do patrimônio cultural católico não é apenas uma questão estética ou de turismo. É acima de tudo um compromisso ético com as gerações passadas, que nos legaram essa riqueza, e com as gerações futuras, que têm direito de receber um patrimônio íntegro e vivo. Esse encontro chega em hora propícia”, disse dom Orani.
O bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers, também participou do seminário. Em sua fala de abertura, destacou que arte, história e arquitetura pertencem ao povo brasileiro, sendo uma forma de identificação com lugares e nossa própria história.
Dom Ricardo citou ainda uma recente Nota Técnica publicada pelo Ministério Público Federal, que aponta a existência de mais de 400 bens ligados à Igreja Católica, tombados como patrimônio federal, mas que estão em mau estado de conservação.
Dom Gregório Paixão e Leandro Grass, presidente do Iphan
“A CNBB entende que nem o Estado e nem a Igreja Católica sozinha têm condições de responder a esta demanda. Por isto, este momento histórico é necessário para pensarmos juntos um modelo ou pacto de corresponsabilidade que una Governo, Igreja e Sociedade”, afirmou.
O Secretário-geral da CNBB destacou também que o patrimônio sacro é fonte de fé e espiritualidade, além de ser agente direto da vida em sociedade. “Cada Igreja guarda a memória da fé de um povo, cada altar conserva a esperança rezada por gerações, cada imagem é raiz que nos lembra quem somos”, disse.
“Cuidar desse patrimônio é cuidar da alma viva do Brasil. Este é o sentido do esforço de estarmos neste seminário: amar o que somos e cuidar do que seremos”, concluiu.
Além de dom Ricardo, outros membros da CNBB participaram do evento, como o presidente e o assessor da Comissão Episcopal para a Cultura e a Educação, dom Gregório Paixão e padre Luciano da Silva Roberto.
Dom Gregório Paixão e o presidente do IPHAN, Leandro Grass, abordaram o Acordo de Cooperação Técnica (ACT), firmado entre a CNBB e o IPHAN. Trata-se da renovação de um acordo já firmado entre as partes no dia 16 de junho de 2021 com o objetivo de realizar ações conjuntas para preservação e valorização do Patrimônio Cultural Material da Igreja Católica.
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Fonte: www.cnbb.org.br
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