Nessa semana as imagens de corpos de crianças nas praias europeias circulou o mundo todo.
A crise de migrantes e refugiados na Europa se agrava e o diretor executivo do UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), Anthony Lake publicou uma declaração sobre a criança migrante e a crise de refugiados na Europa.
“...não basta que o mundo fique chocado com essas imagens. O choque deve vir combinado com ação".
Em sua declaração Anthony pede ação do mundo em defesa dessas crianças e sugere algumas medidas.
“Mas não basta que o mundo fique chocado com essas imagens. O choque deve vir combinado com ação. A situação dessas crianças não é nem escolha delas, nem está sob seu controle. Elas precisam de proteção. Elas têm direito à proteção”, diz na declaração.
Confira a declaração na íntegra:
Declaração do diretor executivo do UNICEF, Anthony Lake, sobre a criança migrante e a crise de refugiados na Europa
Nova Iorque, 3 de setembro de 2015 – "Imagens de cortar o coração de corpos de crianças boiando nas margens das praias europeias; crianças deitadas sufocadas na carroceria dos caminhões que atravessam as fronteiras; crianças sendo passadas sobre cercas de arame farpado por pais desesperados.
À medida que a crise de migrantes e refugiados na Europa se aprofunda, essas não serão as últimas imagens chocantes a ricochetear por todo o mundo nas redes sociais, em nossas telas de TV e nas páginas dos nossos jornais.
Mas não basta que o mundo fique chocado com essas imagens. O choque deve vir combinado com ação.
A situação dessas crianças não é nem escolha delas, nem está sob seu controle. Elas precisam de proteção. Elas têm direito à proteção.
Pedimos que sejam tomadas, com urgência, as seguintes medidas:
- Proteger essas crianças, oferecendo continuamente serviços essenciais – incluindo cuidados de saúde, alimentação, apoio emocional e educação – e abrigo adequado para os migrantes e refugiados a fim de manter as famílias unidas.
- Preparar um número suficiente de especialistas em bem-estar infantil capacitados para apoiar as crianças e suas famílias.
- Continuar as operações de busca e salvamento – não só no mar, mas também em terra, uma vez que as famílias estão se deslocando de país para país – e fazer todos os esforços para prevenir o abuso e a exploração das crianças migrantes e refugiadas.
- Colocar os melhores interesses das crianças em primeiro lugar em todas as decisões tomadas em relação a esses meninos e meninas – incluindo casos de asilo.
Nosso coração está hoje com as famílias que perderam suas crianças – no mar, na praia e ao longo das estradas da Europa. À medida que os debates diplomáticos avançam, nunca devemos perder de vista a natureza profundamente humana desta crise.
Nem as crianças.
Nem sua extensão. Pelo menos um quarto daqueles que procuram refúgio na Europa são crianças – nos primeiros seis meses deste ano, mais de 106 mil crianças pediram asilo à Europa.
E nunca deveríamos esquecer o que está por trás de muitas das histórias das famílias que buscam refúgio na Europa: terríveis conflitos como o da Síria, que já forçou cerca de 2 milhões de crianças a fugir de seu país. Apenas o fim desses conflitos pode pôr um fim à miséria de tantos."
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