Comunicação

Os dez mandamentos da comunicação cordial

10 ideias para “falar com o coração”, conforme nos pede o Papa Francisco

Escrito por Luciana Gianesini

21 MAI 2023 - 07H00

Neste domingo (21), Solenidade da Ascensão do Senhor, celebramos o Dia Mundial das Comunicações Sociais, data para a qual o Papa Francisco enviou uma mensagem onde pede que resgatemos uma comunicação mais humanizada, menos técnica e mais distanciada do “fazer por fazer”.

A mensagem tem o objetivo de ser como uma bússola, orientando a forma de comunicar da Igreja. Todos os temas das mensagens anteriores, emitidas pelo Papa todos os anos nesta data, reforçam os traços pastorais do seu pontificado. Desta forma, Francisco consegue apresentar sugestões práticas para superarmos os grandes desafios da comunicação no mundo atual, saindo também dos “muros” da Igreja e alcançando um diálogo com toda a sociedade, incluindo políticos e outras lideranças religiosas.

Salma Bashir Motiwala/ Shutterstock
Salma Bashir Motiwala/ Shutterstock


Nesse percurso traçado por Francisco, conforme diz o Vatican News, “é preciso ir e ver (mensagem de 2021), escutar com o coração (mensagem de 2022), falar com o coração, recuperar a capacidade das narrativas (mensagem de 2020), reconhecermo-nos como comunidades (mensagem de 2019), combatendo as mentiras (mensagem de 2018). Esta comunicação promotora do encontro (mensagem de 2014) deve ser esperançosa (mensagem de 2017) e misericordiosa (mensagem de 2016), começando a partir das famílias (mensagem de 2015)”.

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Nesse sentido, trazemos 10 sugestões para aplicar a mensagem deste ano, de “falar com o coração”.

Confira!

1. NÃO JULGAR: Falar com compaixão e sem pré-julgamentos, acolhendo as fragilidades de cada um e evitando boatos e discórdias;

2. NÃO SER INDIFERENTE: Sentir indignação diante das injustiças e ser comprometido com a mudança da realidade, envolvendo-se com a história das pessoas e eliminando a indiferença;

3. NÃO DESRESPEITAR O OUTRO: Promover o amor e o respeito ao outro, de maneira integral, lutando pela sua dignidade como sua missão e tarefa principal;

4. NÃO PERDER A PACIÊNCIA: Buscar ser amável, exercitando a paciência diante do esgotamento tão presente nesta nossa “sociedade do cansaço”;

5. NÃO ESQUECER DE FALAR A VERDADE: Falar com responsabilidade e compromisso com a verdade, pois devemos sempre buscar nossa semelhança com Cristo, que é Caminho, Verdade e Vida;

6. NÃO EVITAR O DIÁLOGO: Cultivar a humanidade, agindo com mansidão e abertura ao diálogo sem restrições;

7. NÃO AGIR COM FALSIDADE: Valer-se do amor como um critério único e inegociável da ação pastoral, sem instrumentalizar a comunicação a ser da forma como “queremos ser vistos”, e não como de fato somos;

8. NÃO AFASTAR-SE DE DEUS: Aperfeiçoar e alimentar a intimidade com Deus, de forma que aos poucos a comunicação reflita esse próprio “jeito de Deus”;

9. NÃO IGNORAR O ESPÍRITO SANTO: Valorizar o protagonismo do Espírito Santo, que habita em nós, nos confirma no seguimento de Cristo e nos lança para o novo. É ele o protagonista, não nós;

10. NÃO PROMOVER EMBATES: Promover, antes e sempre, uma comunicação mergulhada na cultura de paz, buscando a conversão contínua.

Ainda é importante reforçar que estes “mandamentos” não devem ser observados de forma mecânica ou artificial, mas devem ser um exercício de conversão, de mudança de comportamento, de forma que a nossa comunicação dê testemunho e realmente fale ao coração das pessoas.

Fonte: Vatican News

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Por Luciana Gianesini, em Comunicação

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