A Igreja Católica, durante a Quaresma, tira o roxo no dia 19 de março e coloca o branco na Liturgia para celebrar a festa de São José, esposo da Virgem Maria. Entre todos os homens do seu tempo, Deus escolheu o glorioso São José para ser pai adotivo do Seu Filho divino e humano.
Nem sempre o Patrono da Igreja foi celebrado na data em que conhecemos. A devoção ao esposo de Maria, pode ser encontrada já no início da Igreja. No Egito, por volta do século IV, uma festa era dedicada a ele. Os fiéis costumavam a celebrar o santo em 20 de julho.
Tradições das Igrejas Orientais celebram São José em 26 de dezembro, data incluída no calendário bizantino. Segundo a Igreja Ortodoxa, “São José é comemorado no domingo depois da natividade. Se não houver domingo entre 25 de dezembro e 1.º de janeiro, sua festa será transferida para o dia 26 de dezembro”.
Na Igreja Ocidental, a festa de São José não tinha dia fixo até o século XV. Durante a Idade Média, a festa de 19 de março tornou-se popular quando promovida por pregadores servitas e franciscanos. O Papa Sisto IV (um papa franciscano eleito em 1471) estendeu a festa de 19 de março à igreja em Roma, e tornou-se uma festa universal no século XVI, quando o Concílio de Trento revisou o Breviário e o Missal. Já em 1870, o Papa Pio IX declarou José o “Patrono da Igreja Universal”.
Modelo para os trabalhadores
São José ganhou mais uma data litúrgica quando o Papa Pio XII proclamou o santo como Padroeiro dos Trabalhadores.
Em 1º de maio de 1955, o Santo Padre cristianizou a festa civil para dar mais dignidade aos frutos do esforço humano através do trabalho, pela intercessão de São José Operário.
“Queremos reafirmar, em forma solene, a dignidade do trabalho, a fim de que inspire na vida social as leis da equitativa repartição de direitos e deveres. São José foi dado à humanidade para exprimir visivelmente as adoráveis perfeições do Pai, para ser a sua imagem aos olhos do Filho de Deus”.
É através deste homem Justo que Deus nos cativa a buscar a santificação das nossas atividades laborais. Nos ensinando a dedicar cada dia de trabalho, as nossas forças, o fruto da nossa dedicação para o alcance da santificação da nossa vida.
“Ao fazer São José patrono dos trabalhadores, a Igreja mostrar que está ao lado dos que muitas vezes são tratados com injustiça, que não tem seus direitos respeitados, dos que ganham um salário de miséria que não lhes favorece vida digna. A Igreja Católica defende os trabalhadores veementemente, em seus ensinamentos, assegura que o trabalho é fundamento sobre o qual é edificada a vida familiar, que é direito do homem e da mulher por vocação”, diz o Padre Valdivino Guimarães, C.Ss.R., neste artigo da Academia Marial de Aparecida.
O pai adotivo de Jesus é um verdadeiro modelo para os que abraçam a santidade: São José é inspirador das vocações, que tem como objetivo fazer a vontade de Deus e viver a santidade proposta por Cristo: “Sede santos como o vosso Pai do céu é santo” (Mt 5,48), pois foi ele um judeu fiel, justo e decidido. Assim, a vida espiritual que José nos mostra, não é um caminho a ser explicado, mas um caminho a ser acolhido.
Conheça o Santuário de São José, em Belo Horizonte (MG)
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