"Castelo Interior - Moradas" é talvez a maior e mais conhecida obra de Santa Teresa de Ávila, Doutora da Igreja. Neste livro, ela indica o caminho que nos leva de uma vida pouco consciente de Deus até uma situação de plenitude de comunhão com Ele, enquanto possível nesta Terra. Cada etapa é uma “morada”, um “quarto” do castelo, o qual está na nossa alma, e que devemos descobrir.
Leia MaisSanta Teresa D’Ávila, a protetora dos docentesSanta Teresa de Jesus ou de Ávila: Doutora da IgrejaA partir de análises de um sacerdote (Pe. Alan Rodrigues) sobre o livro, abaixo em itálico, podemos entender melhor:
Da primeira à terceira morada, vai-se por um caminho ascético, que exige um esforço pessoal maior para buscar a Deus. Daí em diante, até a sétima e última, segue-se a via mística, na qual Deus toma maior iniciativa da direção da alma e a conduz como Ele quer, mesmo na oração.
Cada morada tem suas próprias características, e aqui destaquemos a segunda, onde, após as tentações materiais (dos sentidos) mais intensas, próprias da primeira morada – quando o diabo procura nos fazer questionar a existência da alma, de Deus, do Céu e do inferno –, e a alma ainda não sabe rezar direito, chega-se a uma etapa de vida de oração persistente, que busca.
A primeira morada não deve ser, portanto, a habitual da maioria dos fiéis, uma vez que não devem mais ter qualquer dúvida sobre a existência de Deus, etc.; e, a partir da terceira Morada, há já um maior nível de virtudes e maiores ajudas de Deus; sem querer “julgar” ou “calcular” os estados particulares, mas por prudência e humildade, digamos que grande parte, talvez a maioria dos católicos, percorra durante certo tempo a condição purificativa da segunda morada…
Segundo S. Teresa, o diabo sabe que duas moradas acima Deus assume a alma já passiva, e então terá muito menos chances de perdê-la. Por isso, ele atua fortemente neste Quarto, tanto na inteligência e pensamentos quanto nos sentidos externos. Então, a humildade e a fé deverão ser aqui particularmente intensas, para manter a vida de oração (necessária), que o demônio quer destruir através de questionamentos, revoltas, dúvidas, e ainda tentando nos induzir a uma falsa humildade (por exemplo, crer que “já somos” humildes…).
Logo, o que não vier de uma vida de oração, será sinal de mera presunção: tudo o que for feito, na segunda Morada, deve antes ser rezado. É preciso lutar mais contra o pecado mortal e o pecado venial deliberado. O diabo aumentará o sofrimento, para que a alma desanime, volte atrás e sinta “saudades” da vida anterior, do “homem velho” que devemos rejeitar em favor da vida nova em Cristo. Mas também, nesta Morada, a alma começa a meditar – a meditação é o segundo grau da oração, e vai além do raciocínio (pode-se dizer que faz parte de uma preparação para a via mística que virá depois, se perseverarmos…).
Bem razoável é buscarmos entender e fazer frutificar esta segunda morada, possível estágio de muitos batizados, e correspondente a claras realidades das nossas vidas. Porém, em qualquer morada, é preciso sobretudo honestamente desejar a Deus, querer seguí-Lo; até porque, de fato só temos essencialmente duas moradas na existência, a terrena, tempo de escolha e esforço, e a definitiva, que também só nos traz duas opções, distintas e irreconciliáveis...
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