Tomadas pela escuridão da morte, as mulheres caminhavam rumo ao sepulcro de Jesus. Com tristeza recordavam em seus corações os acontecimentos da Sexta-Feira Santa. Sem saber o que estava acontecendo, escutaram o jubiloso anúncio do anjo: Ele não está aqui. Ressuscitou!
Maravilhadas com o que viram e ouviram, saíram do cemitério como Peregrinas da Esperança anunciando: Jesus de Nazaré, o crucificado, ressuscitou!
“Ele não está aqui”. Foi assim que os anjos afirmaram a ressurreição de Jesus. O nosso Deus não é o Deus da morte, não está mais dentro do túmulo, mas vive e reina glorioso. “Ele não está aqui”, o nosso Deus não habita no vale da tristeza, da raiva, do medo. Ele não habita na mente dos que anseiam por vingança; Ele não habita nas emoções passageiras.
Quantas vezes preferimos voltar ao túmulo para curar nossas tristezas? Quantas vezes nos deixamos iludir pelas paixões desordenadas, e depois procuramos um canto para chorar? Quantas vezes, depois de brigas e discussões em família, preferimos o quarto da solidão?
Devemos tomar cuidado para não fazer do nosso quarto o nosso sepulcro, pois a cada momento difícil e a cada desilusão, entramos nele para tentar nos reconstruir, mas dentro do sepulcro, nada se reconstrói!
Ao voltar a terra dos viventes, Cristo nos convida a erguer os olhos para ver a nova vida que Ele veio trazer. Caro irmão, cara irmã, não sepulte a alegria de viver no sepulcro do teu quarto. Deus te fez para a vida, não para a morte, e hoje, ao deixar o sepulcro, Cristo te estende a mão e diz “Vem, e eu te farei da minha vida participar”.

Na Sexta-feira Santa, as pessoas, ao sepultarem Jesus, também sepultaram a sua esperança, a sua alegria, a sua vontade de viver, e a pedra da falta de esperança fechou o coração deles. Essas atitudes também podem ser as nossas.
Quando não achamos soluções para os problemas, quando as pessoas a nossa volta são negativas e pessimistas, quando não temos incentivo, quando não somos valorizados, sepultamos a vontade de viver e fechamos o nosso coração com a pedra da falta de esperança. Mas nesta noite, Cristo pedra viva, remove essa pedra do nosso coração e nos faz redescobrir a alegria.
A Páscoa é a festa da confirmação da esperança, é a celebração da certeza de que nada, nem ninguém, nos separa do amor de Deus. “Ele não está aqui. Ressuscitou!”, e por isso no coração de todos nós renasce a esperança de um novo tempo; este é o dia em que o amor venceu; o rei da vida, cativo, foi morto, mas reina vivo!
Aqui está a Páscoa de Cristo: a confirmação da esperança, pois o Senhor ressuscitou como havia anunciado, e com isso nos é dada a certeza de que quem espera e confia no Cristo, nunca será iludido.
Foi o Senhor, o Deus vivo e vencedor, que para sempre abriu para nós a Porta da vida eterna, a fim de que ninguém mais morra sem esperança. Alegrai-vos, caros irmãos e irmãs! Se antes tínhamos medo da morte eterna, agora podemos adormecer com fé nos braços do Cristo, porque para nós abrem-se hoje as portas do reino dos céus.

A Páscoa é também a festa da remoção das pedras. Quantos são os tipos de pedras que existem dentro de nós e que precisamos removê-las? As pedras da falta de amor, de misericórdia, de perdão, de compaixão; os pedregulhos de raiva, de ódio, de rancor; as rochas das fraquezas, dos fracassos, dos medos.
E por que pensas que ninguém pode removê-las? Nesta noite somos chamados a procurar “aquele que está vivo”, pois Ele é o único capaz de remover as pedras mais pesadas do nosso coração.
Não podemos fazer Páscoa se o nosso coração ainda habita entre as pedras. Por isso, peçamos a Deus a graça de que a força da ressurreição remova as pedras que fecham o nosso coração; a nossa esperança não termina diante de uma pedra sepulcral, pois nesta noite descobrimos a pedra viva: Jesus Ressuscitado.

Que o fogo novo, que nessa noite Santa se manifestou em nosso meio, suscite no nosso coração a chama viva da esperança! Que esta chama clareie nossa mente, que muitas vezes vive nas trevas do pessimismo; que esta chama conserve em nós o chama da esperança, para que o vento da dúvida não a apague.
Caro irmão, cara irmã, hoje podemos nos perguntar: Ó, morte, onde está tua vitória? Porque Deus ressuscitou Cristo e rompeu para sempre os laços da morte. E essa é a vitória que hoje celebramos.
Nesta noite, é para mim, para você, para nós, que se abre a porta da vida eterna. Pois morrendo, Cristo destruiu a morte e, ressurgindo, restaurou a vida! Que a ressurreição conserve em nós a chama viva da esperança, da alegria e da coragem, para que também nós, assim como aquelas mulheres, nos tornemos peregrinos da esperança e anunciemos que o Ressuscitado vive entre nós!
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