O medo é uma experiência normal da nossa humanidade. Porém, existem vários níveis de medo, desde os mais externos até os mais interiores.
O medo de viajar de avião (sendo que para algumas pessoas isto pode gerar pânico) e o medo de aceitar mudanças importantes na nossa vida são exemplos de medos mais interiores, e para os quais devemos prestar mais atenção, lembrando o que o próprio Cristo nos diz: Não tenham medo!
Leia Mais290 anos da Congregação do Santíssimo Redentor: “Não tenhamos medo!”No Angelus, Papa pediu para caminharmos juntos e sem medo Tenho medoUm episódio importante para descobrir como superar os medos perante as mudanças que Deus nos pede é o chamado de Pedro, o qual, depois de ter passado a noite toda pescando sem qualquer resultado, se encontra com o Senhor Jesus.
Ele sobe à barca e lhe pede a Pedro que se afaste um pouco da terra, para poder falar à multidão que tinha se congregado. Ao terminar de falar, o Senhor lhe disse a Pedro:
“Faze-te ao largo; lançai vossas redes para a pesca” (Lc 5,4).
Foi assim que Pedro, com a experiência do recente fracasso e cansaço, confiou no Senhor e na Sua palavra, e se lançou novamente ao mar para pescar.
Será que Pedro não experimentou, nesse momento, temor ou dúvidas? Eu acredito que sim. O resultado desta pesca milagrosa foi que Pedro se atirou aos pés de Jesus, dizendo: “Afasta-te de mim Senhor, porque sou pecador” (Lc 5,8).
Depois da pesca, Pedro entendeu que o Senhor Jesus é um homem santo, um homem enviado por Deus, e somente após olhar para Ele descobriu a verdade sobre si mesmo. O Senhor lhe mostrou essa mudança na sua vida dizendo: “Não tenhas medo, a partir de agora serás pescador de homens”. (Lc 5,10). O Senhor sempre vai além da nossa experiência.
Desde uma outra perspectiva, me parece que o que está no fundo dos medos interiores, em relação às mudanças da nossa vida, é o problema da visão que temos de Deus.
Talvez nesses medos mais interiores sirva a reflexão sobre o contraste entre o medo que tiveram Adão e Eva – gerado pela imagem que tinham de Deus depois do Pecado Original –, com a Virgem Maria, que acolhe esse torrencial de ternura por um dom especial, o dom da Imaculada Conceição, mas que não é um modelo impossível de se seguir, pois a chave está nessa acolhida dócil e confiante às mãos do Pai, pois Ela tinha essa imagem de um Deus Pai amoroso.
Junto a esta visão de confiança em Deus, eu colocaria a importância de não se ter medo à verdade sobre nós mesmos: essa verdade, sem dúvida nenhuma, requer olhar no espelho nossa fraqueza, nossa miséria e inclusive os nossos pecados mais vergonhosos e terríveis.
Por último, nos momentos de dificuldades em realizar mudanças na vida, nas quais experimentemos o medo, lembremos do dom do discernimento, que é algo espiritual. Lembremos também o que disseram dois Papas ao iniciaram os seus pontificados: São João Paulo II, no ano de 1978, "Não tenhais medo, abri de par em par as portas a Cristo!"; e Bento XVI, no ano de 2005, “não tenhais medo de Cristo! Ele não tira nada, Ele dá tudo.”
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