Esta frase é muito mencionada na nossa contemporaneidade. E, na realidade, ela expressa algo muito bom para o ser humano que vive em sociedade. Porém, o problema está no que temos feito ou no que temos transformado esta frase, quer dizer, como a usamos. Ouve-se ou lê-se muito esta frase em contextos de autodefesa ou de autojustificação.
A liberdade de expressão é um dom que todas as pessoas têm e que está dentro do grande e magnífico dom que temos como pessoas: Liberdade.
Ser pessoa se define como liberdade e consciência, ou seja, somos livres e temos consciência porque somos pessoas. Essa liberdade existe para que vivamos o amor, e a essência do amor está no compromisso com a liberdade. Assim, a liberdade deverá, sempre, ser vivida com responsabilidade.
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Voltando à crítica, vejo que no uso desta liberdade de expressão vale lembrar que as mídias sociais, a internet e outros, assim como trouxeram uma comunicação mais fluida, ampla e rápida, também trouxeram um novo estilo de vida, no qual sobressai a quantidade de informação com que temos que lidar no dia a dia, e uma tendência para viver uma civilização do espetáculo, com ações cosméticas.
Isto leva a que pensemos que podemos falar e escrever todo e qualquer pensamento na internet, incluindo, muitas vezes, a troca de ofensas, a propagação de fake news, geralmente abusando de um subjetivismo exagerado.
Proponho meditar em dois temas: a dinâmica do silêncio e a práxis.
A dinâmica do silêncio, mais do que ser entendida como uma dimensão negativa do não falar, é, sim, o uso prudente da fala. O falar e o calar formam parte da maestria da comunicação. Este saber falar inclui, também, o saber escutar.
E a práxis significa um agir com reflexão, não um agir por agir, senão que se trata de passar da teoria para a prática consciente, muito importante para saber usar todos os meios de comunicação virtuais que temos hoje em dia, e não sermos escravos de toda esta tecnologia.
Por último, é importante lembrar que, pelo fato de sermos pessoas humanas, o homem é um ser aberto à comunicação e à comunhão, e que no fundamento do nosso ser relacional está o próprio Deus, comunhão divina de amor; não podemos esquecer da importância do encontro com o outro de maneira presencial e integral, então, também façamos uma revisão do tempo que dedicamos à comunicação virtual, quando talvez alguém possa estar à espera da nossa visita.
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