Espiritualidade

Natal, festa da vida e da humildade

A realeza de Jesus é a humildade

Maurício Ribeiro, coordenador dos coroinhas e acólitos do Santuário Nacional (Arquivo pessoal)

Escrito por Maurício Ribeiro

23 DEZ 2023 - 07H05 (Atualizada em 29 DEZ 2023 - 08H55)

Meunierd / Shutterstock

Em meio a tantas comemorações de Natal que já vivenciamos, em alguma vez já paramos para nos perguntar: Qual o sentido do Natal? O que é o Natal? Ora, se lermos e interpretarmos bem a Palavra de Deus, podemos afirmar que o Natal é a festa da humildade.

Nessa festa, o símbolo principal é manjedoura, pois foi o primeiro trono de Jesus. De madeira, simples, servia para colocar comida para os animais, e ali Jesus encontra refúgio. Hoje, Jesus encontra refúgio nas pessoas atormentadas pela guerra, nas crianças devoradas pela injustiça e pela pobreza, nos pobres rejeitos pelos poderosos, nos idosos abandonados nos asilos. É ali que hoje Jesus busca refúgio, no coração das pessoas que sofrem, que são tratadas como invisíveis e se sentem abandonadas.

Enquanto muitos se hospedavam nos albergues quentinhos, Jesus nasce num humilde estábulo, cercado de animais e alguns pastores. Os que estavam ao seu redor, não estavam lá por interesses e grandes oportunidades, todos estavam maravilhados com o momento, o nascimento do filho de Deus, o Rei dos reis. Os pastores em si não sabiam o que estava acontecendo, mas por serem puros de coração viram a Deus. Observando esse cenário do seu nascimento, no qual o verdadeiro palácio foi a estrebaria, olhemos para o seu trono, a manjedoura, ela nos ensina que as verdadeiras riquezas da vida não são o dinheiro e o poder, mas sim os momentos, as pessoas e as relações.

Nascendo na pobreza, Jesus não vem com os sinais de poder, mas com o poder dos sinais! Ele, nascendo na condição humana, nos ensina que a humildade é a maior riqueza que devemos buscar em nossa vida.

Onde nasce Jesus atualmente?

Ao celebramos o dia do nascimento de Jesus, é importante fazermos uma reflexão sobre a seguinte pergunta: onde Jesus nasce hoje?

Num mundo obcecado por guerra, onde as pessoas estão sendo forçadas a saírem do seu país, pessoas sendo escravizadas, famílias sendo divididas devido às alegorias do mundo, pessoas passando fome, buscando comida no lixo. É nesses lugares, é nessas pessoas, que nasce Jesus hoje. Nos últimos, nos abandonados, nos excluídos e descarados, é neles que Jesus nasce hoje.

Mas uma pergunta importante de se fazer: será que Jesus nasce nos poderosos? A resposta é que, Jesus quer nascer ali, mas é sufocado pelo orgulho e pela vaidade. Muitas vezes os corações dos poderosos estão tomados pelo dinheiro, pelo poder, e não há espaço para o Senhor nascer e fazer maravilhas ali.

E nós? Será que deixamos Jesus nascer em nós? Em nossas atitudes e decisões? No nosso coração, damos lugar a ele ou preferimos dar lugar as coisas mundanas?

Os Herodes do nosso tempo

O Senhor é o Deus da vida, e foi a graças ao ‘Sim’ de Maria que a vida que iria mudar os rumos da nossa história nasceu.

Hoje, o menino Deus que mais uma vez nasce no nosso meio faz um apelo a nós mesmos: sejam sempre a favor da vida!

No mês de setembro, nosso país enfrentou uma situação alarmante, quando a ex-ministra do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, colocou para votação uma ação que tentava descriminalizar o aborto feito por mulheres com até 12 semanas de gestação. Eis um dos ‘Herodes’ de hoje, o aborto. É triste e preocupante, vermos que, mesmo depois de dois mil anos do nascimento de Jesus, existem ‘Herodes’ que ainda tentam tirar a vida dos inocentes. Caros irmãos e irmãs, tirar a vida de um inocente é ultrajar a Deus!

Outro ‘Herodes’ que está no nosso meio hoje é a ideologia de Gênero. Deus nos fez a sua imagem e semelhança. A ideologia de gênero tira a inocência de uma criança, mostra a ela as “oportunidades” que o mundo quer que ela viva.

Que o Menino Deus, que hoje nasce, ajude as mães a dizerem ‘sim’ a vida que existe dentro delas, assim como fez Nossa Senhora. Que Ele, com seu poder invencível, nos de forças para combatermos os Herodes de hoje, que vivem e aterrorizam a nossa sociedade, em busca da destruição das crianças inocentes.

Escrito por
Maurício Ribeiro, coordenador dos coroinhas e acólitos do Santuário Nacional (Arquivo pessoal)
Maurício Ribeiro

Maurício José Ribeiro Campos Felizardo tem 22 anos e mora em Aparecida. Atualmente, é coordenador dos cerimoniários e coroinhas do Santuário Nacional, e estudante do último ano de licenciatura em Matemática na UNESP (FEG) em Guaratinguetá.

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