“...Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido...”, rezamos no Pai Nosso, a oração mais perfeita, já que foi ensinada diretamente por Jesus.
Imediatamente percebemos um compromisso, isto é, pedimos o perdão na mesma medida de que perdoarmos: logo, se não perdoamos completamente, não esperemos ser completamente perdoados por Deus. Mas, na verdade, será que sinceramente desejamos este equilíbrio, ou não ansiamos, no fundo, que Deus seja mais misericordioso conosco do que somos com os outros...?
Ora, Deus não nos pede o impossível, logo, é possível perdoarmos plenamente – mas unicamente com a Sua ajuda. De fato, o perdão é algo divino, não questão de simples boa vontade ou intenção; exige uma união com Deus em grande profundidade, caso contrário não teremos perdoado verdadeiramente. Seria fácil perdoar a quem, por exemplo, matou seu pai, sua mãe, seu filho? Qual o grau de perdão de Nossa Senhora por nós, que matamos o Seu Filho, e continuamente O ferimos com os nossos pecados, e isto na mesma ocasião do Gólgota, em que Jesus pede a Ela que nos acolha também como Seus outros filhos?
Leia MaisComo a Igreja permite planejar o número de filhos?O parâmetro deste perdão é da mesma essência que a Paz que Cristo nos dá: a Sua Paz, não a do mundo (cf. Jo 14,27). Ou ainda, o Seu Amor, não o do mundo. Amor, Paz, Perdão perfeitos, não condicionados, não parciais, não temporários, mas capazes de não mais doer quando relembrados.
Entenda-se que “lembrar” e “esquecer” neste contexto não significa, de forma alguma, um jogo visando uma amnésia seletiva, por meio da qual a memória jamais recordaria um fato doloroso; de resto, isto não implicaria jamais no perdão que Deus quer.
Ver a realidade e superá-la, por amor a Deus e ao próximo, este sim é o processo espiritual do católico, cujo só é possível quando existe a união de santidade com a Trindade. Deus quer que sejamos “perfeitos como o Pai é perfeito” (Mt 5,48), pois do contrário já não cumpriremos aquilo para o que somos feitos, isto é, imagem e semelhança de Deus. Ele nos quer como Ele mesmo é, capazes de, sem nenhum outro motivo que o amor infinito, que de fato nada espera em troca, não cultivar vontades ou impulsos de retaliação frente ao mal que recebemos.
Páscoa é a entrega total de Deus, feito Homem, para resgatar o Homem da sua culpa, do pecado, isto é, de ter ofendido, desobedecido e abandonado a Deus, depois de ter Dele recebido o Paraíso... gratuitamente e sem mérito algum. O Homem pecou, o Homem tem que pagar: mas como “pagar” a Deus, especialmente se já afastado Dele, sem os recursos extraordinários que recebera e desprezara? Não se pode “pagar” a Deus, no sentido de compensá-Lo, pois nada do que façamos estará à Sua altura, e tudo o que temos o recebemos Dele, a começar pela existência. Um pai não quer que o filho lhe “pague” pelo brinquedo que comprou, mas sim que receba com alegria este presente, e a sua felicidade consiste na alegria do filho brincando. O presente é algo gratuito, fruto do amor e responsabilidade do pai, que ao assumir o filho sabe que deve prover às suas necessidades.
Por isso Deus Se faz Homem, para que um Homem possa pagar toda a culpa, e a humanidade, assim redimida, possa voltar à Casa do Pai. Este perdão é definitivo, completo, nada pode impedi-lo. Daí a nossa indizível alegria pascal: nem mesmo os nossos piores pecados podem impedir que Deus nos perdoe, caso nos arrependamos. O arrependimento é, sim, difícil, ou melhor, impossível, sem o auxílio de Deus (cf. Mt 19,25-26): mas Ele mesmo nos conduz, e basta uma pequena abertura sincera da alma para receber esta graça, que nos torna realmente seus filhos.
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