O termo “desapegado” pode ter mais de um sentido. Positivamente, indica uma pessoa que não se deixa dominar pelo desejo descontrolado de valores materiais e mundanos, por exemplo, e até mesmo de uma saudável independência emocional e espiritual, no sentido de que é “...mais importante obedecer a Deus do que aos homens”, como afirmou São Pedro, mesmo depois de ter sido flagelado pelo Sinédrio, que pretendia exigir dos Apóstolos a não divulgação dos ensinamentos de Cristo e o ministério dos Seus Sacramentos (At 5, 29).
Leia MaisOs santos são desapegados? O dízimo, as oferendas e o desapegoMas se o “desapego” está se referindo a alguém que, por exemplo, não liga muito para a sua família, sem necessariamente lhe desejar o mal, então o sentido é negativo. Não se pode amar de verdade simplesmente “não fazendo o mal”: isto é um engano grave, pois é preciso fazer o bem para seguir a Cristo.
Esta atitude corresponderia à do servo mau da parábola, que esconde o talento recebido do seu senhor, quando deveria fazê-lo multiplicar (Mt 25,24-30), e por isso foi completamente castigado. Sim, Deus nos regalou com inúmeros talentos (a começar pela existência mesma), e sempre é possível usá-los para fazer o bem a Deus, a si mesmo e ao próximo – a essência do Primeiro Mandamento, que Jesus indica como o resumo de todos os demais (Mt 22, 38-40).

Não significa fazer coisas espetaculares: uma pessoa com saúde frágil, por exemplo, que não pode assumir grandes trabalhos, mas pode sempre oferecer a sua paciência no sofrimento, e orações pelos irmãos.
A paciência e a oração também são dons e talentos, que devemos todos desenvolver, multiplicar; alguns terão mais facilidade nisto do que outros, mas o que conta para Deus é o esforço sincero, perseverante e honesto em desenvolvê-los no máximo da nossa capacidade pessoal, e a decisão sempre firme de reparar e começar de novo quando não fazemos o necessário.
Simplesmente “não fazer o mal” é uma das maiores tentações atuais: muitos querem se justificar dizendo, por exemplo, “não roubo, não mato, então já sou bom”… e ao mesmo tempo cultivam hábitos egoístas que afastam de Deus, como uma vida sexual desregrada. Ora, não roubar e não matar é o mínimo dos mínimos; mas não pecar contra a castidade é também um Mandamento de Deus, como estes outros dois casos. Logo, também é o mínimo dos mínimos, ainda que haja uma ordenação nos Dez Mandamentos.
Quanto à questão do caráter, isto não é possível afirmar de forma geral. Cada caso particular tem que ser analisado particularmente. O caráter de uma pessoa é algo muito complexo, e seria imprudente imputar a alguém um “mau” ou “bom” caráter, sem conhecer com mais profundidade esta pessoa.
Antes de se preocupar com este tipo de avaliação – e que esta não seja um “julgamento” do outro… – é muito mais importante buscar a Verdade, procurando em tudo e em todos (incluindo, primeiramente, a si mesmo), verificar se somos filhos que de fato amam a Deus e aos irmãos – e por isso obedecem ao Pai, que ensina:
“Amai-vos uns aos outros, assim como Eu vos amei.” (Jo 13,34)
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