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Os Títulos de Jesus: O Filho do Homem

Esse título mostra quem é Jesus: É Deus que se fez humano, justamente para humanizar nossa humanidade, nossa primeira vocação. É Deus em sua essência.

Escrito por Alberto Andrade

11 AGO 2022 - 14H56 (Atualizada em 07 AGO 2025 - 08H33)

New Africa/Adobe Stock

Jesus frequentemente se apresenta como “Filho do Homem” nas Escrituras. Mas por que escolheu esse título? 

“Compreendei bem isto: se o dono da casa soubesse em que hora viria o ladrão, não o deixaria arrombar sua casa. Vós também, ficai preparados, porque na hora que não pensais, o Filho do homem virá!” (Lc 12, 39-40) Leia MaisOs títulos de Jesus: A Videira VerdadeiraOs Títulos de Jesus: O Senhor

Já no Antigo Testamento, Daniel profetizou a natureza humana e divina de Jesus, que oferece a salvação para todos nós. Ele instaura um novo reino, que é eterno. Esse termo indica a íntima ligação de Jesus com o gênero humano, sendo Ele mesmo perfeito homem e homem perfeito.

“Em imagens noturnas, tive esta visão: entre as nuvens do céu vinha Alguém como um filho de homem. Chegou até perto do Ancião e foi levado à sua presença. Foi-Lhe dado poder, glória e reino, e todos os povos, nações e línguas O serviram. O seu poder é um poder eterno, que nunca Lhe será tirado. E o seu reino é tal que jamais será destruído.(Dn 7,13-14)

Cristo como Filho de Deus veio do Céu; recebeu do Ancião (Deus Pai) poder eterno, glória e reino; todos os povos o servem (devemos servir, no sentido de adorar, só a Deus).

E em sua natureza humana, Ele se formou no seio de uma mulher e tem forma e natureza humanas; é como “um filho de homem”.

O próprio Jesus dá a si mesmo este título. Ele, sendo Deus, assume, em plenitude, a natureza humana. Mesmo sendo Deus, rebaixou-se, humilhando-se; diminui-se a ponto de nascer e viver em tudo como nós, exceto no pecado (Hb 4,15). 

No Novo Testamento, encontramos a expressão “Filho do Homem” pelo menos 88 vezes, 80 delas nos Evangelhos. Ele estava proclamando ser o Messias. Jesus era Deus totalmente (Jo 1,1), mas Ele também era homem (Jo 1,14).

O Padre Ferdinando Mancílio, C.Ss.R., nos fala a razão de Cristo ter usado tantas vezes esse título.

“Jesus gostava muito desse título, porque Ele mostra quem Ele é: Deus que se fez humano, justamente para humanizar nossa humanidade, nossa primeira vocação. Quando condenado pelo tribunal, Jesus assumiu este nome e foi declarado réu de morte pelos sumos sacerdotes. Ao ser interrogado, Jesus respondeu: 'Vocês verão o Filho do Homem sentado à direita do Pai'”.

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Heresia derrubada pela Igreja

Padres e Bispos da época estavam seguindo o conceito do monofisismo, onde afirmavam que Jesus tinha somente a natureza divina, e que não era verdadeiro homem. Assim, sua condição de homem seria apenas uma aparência. A natureza humana de Jesus não seria como a nossa. Ele seria como uma espécie de fantasma materializado.

Para esclarecer de vez e derrubar essa heresia, foi convocado o Concílio de Calcedônia (ano 451 d.C.). Nessa reunião de bispos, o Papa São Leão Magno expôs o ensinamento correto sobre as duas naturezas de Cristo.

“O Senhor do Universo assumiu a condição de servo, velando a imensidade de sua majestade. Dignou-se o Deus impassível tornar-se homem passível e o imortal submeter-se à lei da morte. Vem à luz por novo nascimento, porque a virgindade inviolada, que ignorava a concupiscência, ministrou-lhe a matéria corporal. Recebeu o Senhor de sua mãe a natureza, mas isenta de culpa”, diz o Concílio que também citou que Jesus teve sofrimentos físicos assim como nós humanos.

Ter fome, ter sede, estar cansado e dormir evidentemente é humano. Mas, saciar com cinco pães cinco mil homens (Jo 6, 12) e dar à samaritana a água viva (Jo 4, 10), que não deixa mais ter sede quem a beber, andar sobre as ondas do mar a pé enxuto (Mt 14,25) e acalmar o furor dos vagalhões, falando imperiosamente à tempestade (Lc 8, 24) é sem dúvidas algo divino. (...)”

Jesus ao usar esta expressão com letra maiúscula estava fazendo referência a alguém específico, como se dissesse “Aquele que é filho do Homem”, ou ainda “Aquele que é como um ser humano”. Mas quem é esse “Aquele” a quem Jesus estava fazendo esta referência? Este é aquele de quem fala o Profeta Daniel que é homem e Deus ao mesmo tempo.

Portanto, Jesus ao intitular-se “Filho do Homem” estava, de maneira pedagógica, conduzindo seus discípulos a entenderem quem Ele realmente era: Homem e Deus.


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