“No comportamento divino, a justiça é permeada pela misericórdia, enquanto o comportamento humano se limita à justiça. Jesus exorta-nos a abrirmo-nos com coragem ao poder do perdão, porque nem tudo na vida se resolve com a justiça, sabemos disso. É necessário aplicar o amor misericordioso em todas as relações humanas: entre os cônjuges, entre os pais e os filhos, nas nossas comunidades, na Igreja e também na sociedade e na política”.
Leia MaisPodemos pedir o perdão dos pecados das almas do Purgatório?Perdoar e pedir perdãoEsta frase do Papa Francisco em setembro de 2020 exalta de forma clara o quanto devemos ser misericordiosos, pois se somos à imagem e semelhança de Deus, que é o sinônimo da misericórdia, não nos ensinaria a sermos diferentes.
É preciso demonstrar um amor tão grande como o d’Ele, para que a misericórdia esteja acima de qualquer inquietação do coração. É preciso perdoar para termos perdão de Deus.
Desta forma, aqui em nosso país temos um testemunho dessa misericórdia, pois neste 30 de agosto é celebrado o Dia Nacional do Perdão, a partir da lei 13.437, sancionada em março de 2017. Mas pode ser que venham essas dúvidas: Para que um dia dedicado ao perdão? Qual a motivação para esta lei?
A resposta está na autoria desta lei, Keiko Ota, na época era deputada federal e teve o seu projeto de lei aprovado, propõe uma reflexão sobre o tema e ressalta a luta de diversos movimentos sociais e familiares por justiça.
Keiko é mãe de Ives Ota, menino que tinha oito anos e foi sequestrado em casa, na zona leste de São Paulo, e assassinado em agosto de 1997 por ter reconhecido um dos homens no caso. A crueldade foi tamanha, que mesmo após a execução da criança, o grupo continuou negociando o resgate. Os três envolvidos foram condenados a penas entre 43 e 45 anos de prisão.
Ela e o marido, Masataka Ota, publicamente perdoaram os assassinos e criaram uma ONG, o Movimento da Paz e Justiça Ives Ota com o objetivo de estender-se a todos os interessados numa sociedade pacífica, onde cada um se conscientize de que somente através do perdão a verdadeira paz se instala na vida, contribuindo com os menos favorecidos material e espiritualmente, através do apoio às famílias vitimas da violência.
“Acho que perdoar não é dizer: Soltem os assassinos de meu filho. Perdoar é tirar o ódio de dentro de você. Então, perdão é uma coisa e justiça é outra. A justiça tem de ser cumprida”, disse Masataka, falecido em 2021.
Que a partir desta data, possamos praticar a misericórdia contra quem nos ofende ou agride, exige um compromisso e um entendimento muito grande sobre a Palavra de Deus, é um exercício diário, no qual devemos nos esforçar para perdoar.
“No Novo Testamento, Jesus provoca a superação da Lei de Talião quando provoca as pessoas a não descontarem o mal recebido com a mesma moeda, mas a ir além, propondo o esquecimento do mal recebido, como expressão do perdão e da fraternidade.
Para nós, quando conseguimos exercitar o perdão, isso gera uma situação de libertação, pois quantos de nós que carregam um peso enorme ao longo de sua vida quando não conseguem relevar e esquecer as ofensas recebidas. Quem consegue se comprometer com o perdão imita as atitudes do próprio Deus”, diz o Padre Inácio Medeiros, C.Ss.R.
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