Por ocasião dos 1700 anos do Credo Niceno-Constantinopolitano, reflitamos mais um trecho:
“Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica. Professo um só batismo para remissão dos pecados.”
Crer na Igreja significa reconhecer que ela não é apenas uma instituição humana, mas uma fundada por Cristo e conduzida pelo Espírito Santo.
A fé na Igreja está unida à fé no próprio Cristo, pois ela é seu Corpo místico no mundo (CIC 748–750).
A Igreja é:
Una, porque tem um só Senhor, uma só fé e um só batismo. A unidade é um dom de Deus que somos chamados a viver e preservar.
Santa, porque é santificada por Cristo, embora composta por pecadores. A santidade da Igreja vem do Espírito e dos sacramentos.
Católica, ou seja, universal. Está presente em todos os povos e anuncia a fé inteira, destinada a todos os tempos e culturas.
Apostólica, porque foi fundada sobre os apóstolos e permanece fiel à sua doutrina e missão.
Ao afirmar: “Professo um só batismo para remissão dos pecados”, o Credo recorda que o Batismo é a porta da fé. Ele nos une a Cristo, nos faz filhos de Deus, membros da Igreja e apaga o pecado original. Como ensina o Catecismo:
“O santo Batismo é o fundamento de toda a vida cristã, o pórtico da vida no Espírito («vitae spiritualis ianua — porta da vida espiritual») e a porta que dá acesso aos outros sacramentos. Pelo Batismo somos libertos do pecado e regenerados como filhos de Deus: tornamo-nos membros de Cristo e somos incorporados na Igreja e tornados participantes na sua missão” (CIC 1213).
O Concílio de Niceia reforçou a importância do Batismo e da unidade da fé. Hoje, esses mesmos fundamentos nos sustentam na missão da Igreja no mundo.
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