A civilização romana, que chegou à constituição de um dos maiores impérios de todos os tempos, começou a partir da fundação da cidade de Roma no ano 753 a.C. Existem duas versões sobre sua fundação, uma lendária e outra histórica.
A lendária afirma que Roma foi fundada por dois irmãos gêmeos – Rômulo e Remo – que, depois de abandonados à própria sorte, sobreviveram porque foram alimentados por uma loba que se tornou a figura símbolo da cidade.
Historicamente sabe-se que a pequena vila bem construída na região do Lácio, estrategicamente localizada, foi crescendo, conquistando as vilas e tribos vizinhas e expandindo aos poucos o seu domínio. Primeiro Roma conquistou os etruscos, povo forte estabelecido na mesma região e depois foi enfrentando inimigos cada vez mais poderosos.
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A preponderância de Roma cresceu ainda mais ao vencer Cartago, potência comercial e militar estabelecida no Norte da África, comandada pelo estrategista Aníbal, nas famosas Guerras Púnicas, entre os séculos III a.C. e II a.C.
A causa principal desses conflitos foi a disputa pelo domínio do comércio no Mar Mediterrâneo, além da controvérsia pela posse da Sicília. No final das guerras, Roma triunfou, destruiu Cartago e passou a dominar o Mediterrâneo, tornando-se uma potência marítima e militar.
Assim, encontrou caminho aberto para iniciar a constituição de um vasto império, englobando povos e antigas civilizações como a do Egito e Grécia, tomando boa parte do continente europeu, Oriente Médio, Ásia Menor e até mesmo partes do extremo oriente.
No auge do império, no primeiro século depois de Cristo, as muitas províncias englobavam uma população de mais de 60 milhões de habitantes. Era socialmente estratificada entre patrícios, plebeus, com os milhares de escravos e com os “bárbaros”, aqueles que viviam fora das fronteiras do império, assim chamados por não possuírem a cultura romana.
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Assim como havia acontecido em relação aos etruscos, Roma recebeu influências dos povos conquistados, especialmente dos gregos, tanto que uma frase de efeito muito querida dos historiadores diz que “a Grécia cativa, cativou Roma”.
Ponte do Gard na Gália romana (atual sul de França)
Usando mão de obra, em sua maioria, escrava, os romanos criaram uma extensa rede de obras de infraestrutura em quase todas as partes do império. Estradas, como a famosa Via Ápia, saiam da capital e chegavam aos confins das províncias possibilitando o transporte de mercadorias, correio e a movimentação das legiões.
Nas cidades, ruas bem traçadas, castelos, mansões dos nobres (domus), templos dos deuses, fontes e anfiteatros foram construídos, pois uma cidade que se prestasse devia possuir o seu teatro para oferecer espetáculos à população. Além disso, existiam também os fóruns, que era como que o coração de uma cidade romana.
Entre as obras de infraestrutura, destacavam-se os aquedutos que os romanos construíram para levar água de fontes externas, às vezes bem distantes, para as cidades e vilas.
A água de um aqueduto, elemento vital para a população, abastecia os banhos públicos, latrinas, fontes e residências particulares, mas também apoiava operações de mineração, moagem dos cereais, fazendas e jardins.
A maioria dos aquedutos fazia a água correr apenas pela força da gravidade, ao longo de um canal descendente ou conduto de pedra, tijolo ou concreto.
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Em geral, a tubulação de condução da água era enterrada, mas em lugares onde o terreno era íngreme ou irregular para se ultrapassar os obstáculos, construíam-se grandes estruturas de pedra parecidas com pontes ou com os modernos viadutos, algumas ainda hoje existentes.
Um dos aquedutos mais bem conservados fica na cidade de Segóvia, Espanha, que foi uma das mais importantes províncias de Roma.
Desta forma, a água tão necessária podia ultrapassar as barreiras naturais, cruzando vales e montanhas. A maioria dos condutores d’água seguia os contornos do terreno, assim, picos e morros eram contornados ou, com menos frequência, escavados.
A maioria dos sistemas de aquedutos incluía tanques de sedimentação que ajudavam a separar as sujeiras e detritos transportados, dando água de qualidade à população e evitando certos tipos de doença. Comportas e torneiras regulavam o abastecimento para os destinos individuais e a água excedente podia ser armazenada em tanques e cisternas.
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Teoricamente, o uso público da água tinha prioridade sobre o uso para banhos e fornecimento para usuários privados mais ricos que pagavam taxas, mas nem sempre funcionava dessa forma.
Conduto do Aqueduto de Tarragona, atual Espanha
Alguns cidadãos mais ricos recebiam o direito de um abastecimento gratuito, como uma honra do estado ou reconhecimento por algum serviço prestado. Ainda hoje são encontradas ruínas de banhos e termas que eram abastecidas com água pública, algumas delas bem preservadas.
Nas cidades e vilas, as águas residuais dos aquedutos eram usadas para regar jardins ou limpar esgotos públicos.
Os romanos foram artífices de grandes obras arquitetônicas e legaram elementos para a posteridade, como o uso de arcos, abóbodas e o concreto usado nas grandes construções. Os aquedutos são uma prova bem visível de sua engenhosidade e perícia na arte de construir.
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