PÁGINAS DE HISTÓRIA DA IGREJA
HISTÓRIA ANTIGA 05
O termo grego apóstolo significa 'enviado' ou 'representante'. Supõe que o enviado tenha os mesmos pensamentos e sentimentos daquele que o enviou e comunique fielmente sua mensagem. Isso se aplica bem a Paulo e Barnabé, os primeiros a receberem o envio missionário a partir da comunidade de Antioquia, na Síria. Dali eles partem em missão.
Missão recebida, missão cumprida
Para bem desempenhar a missão recebida, levando o Evangelho e a fé cristã aos gentios, Paulo usou para isso o método das Viagens Missionárias, realizando ao menos quatro, num ritmo bastante acelerado, se levarmos em consideração as condições de transporte e viagens da época. Mas ele demonstrava-se incansável por causa do Evangelho.
Primeira Viagem (Anos 46-48; narrativa em At 13-14)
Característica: Abertura aos Pagãos.
Saulo e Barnabé partem de Antioquia, na Síria, passam pela Ilha de Chipre e, em Salamina, anunciam Jesus na sinagoga; depois atravessa a ilha a pé, evangelizando. Em Pafos. ele adota o nome romano Paulo, anunciando o Evangelho ao procônsul romano e causa cegueira ao mago Barjesus. Segue por mar para a Ásia Menor, Panfília e Perge. Marcos regressa da missão e Paulo fica irritado.
A Ásia Menor é atravessada pela Via Imperial Augusta ou Sebaste, que vai do porto marítimo de Éfeso até o porto fluvial de Tarso. Na região da Psídia, visita a cidade de Antioquia da Psídia, após andar 260 km a pé, pela Via Augusta. Atravessando os montes Taurus, repletos de salteadores, chegam à cidade, onde evangelizam na sinagoga, mas Paulo é perseguido pelos Judeus e se volta para os gentios.
Na Licaônia, evangeliza Icônio, continuando a viagem pela Via Augusta em mais 140 km. Evangeliza na sinagoga e é perseguido pelos judeus. A população tenta linchá-lo e ele foge para Listra. Lá, depois de outros 40 km da Via Augusta, cura um paralítico e não entende o dialeto local.
Leia MaisCristianismo - Da Pregação de Jesus até ConstantinoO povo também não entende o grego. É venerado como o deus Mercúrio. Chegam os de Icônio e convencem a população a apedrejá-lo. É arrastado para fora da cidade como morto. Volta a entrar na cidade e parte no dia seguinte. Em Derbe, evangeliza sem perseguição.
Regressando da primeira viagem, Paulo e Barnabé passam por todas as cidades evangelizadas, “ordenando anciãos” nas comunidades. Tomam um navio no porto de Atália e regressam a Antioquia da Síria, onde relatam a missão para a comunidade.
Concílio de Jerusalém (Narrativa em At, 15). Os judaizantes de Jerusalém vão a Antioquia da Síria e defendem a circuncisão dos gentios. A comunidade envia Paulo e Barnabé a resolverem a questão com os apóstolos. Em Jerusalém, narram tudo o que fizeram entre os pagãos. Os apóstolos concordam que os pagãos não precisam converter-se ao judaísmo antes de serem cristãos. Reenviam os dois a Antioquia da Síria acompanhados por Silas, trazendo uma carta para a comunidade.
Segunda Viagem (Anos 49-52; narrativa em At 15,36-18,23)
Característica: Entrada do Evangelho na Europa
Paulo decide visitar as comunidades fundadas na primeira viagem, mas desentende-se com Barnabé e convida Silas (Silvano) a acompanha-lo. Visitam as regiões da Síria e da Silícia e voltam às comunidades de Derbe e Listra. Em Icônio, encontram Timóteo. Passam por Antioquia da Psídia e por Trôade. Atravessam o mar Egeu e entram na Europa.
O norte da Macedônia é cortado pela Via Ignátia, que vem de Roma e acaba no mar Negro, após a cidade de Filipos. Em Filipos, fundam a comunidade na casa de Lídia. Paulo exorciza uma escrava e é açoitado e preso. Durante a noite, a prisão se abre e Paulo e Silas são libertados. Ao saber que são cidadãos romanos, as autoridades se apavoram e pedem que deixem a cidade. Seguem viagem e passam por Anfípoles e Apolônia. Na Tessalônica, Paulo evangeliza na sinagoga e muitos creem, mas é perseguido e sai da cidade. Na Beréia, prega e é bem recebido pelos gregos, mas logo chegam os judeus de Tessalônica e ele parte para Atenas. Na região da Acaia, visita Atenas, sendo convidado a falar no Areópago, onde prega o kerigma cristão para os filósofos e é mal recebido.
Em Corinto, chegando à cidade, vindo de Atenas, conhece Priscila e Áquila, que são judeus tendeiros. Habita com eles durante um ano. Os judeus o acusam ao procônsul Galeão, mas não são atendidos. De regresso da segunda viagem, sai de Corinto e segue pelo mar Egeu até Éfeso. Prossegue pelo Mediterrâneo para Cesaréia e de lá, para Antioquia da Síria.
Terceira Viagem (Anos 49-52; narrativa At 15,36-18,23)
Característica: “Os habitantes da Ásia, judeus e gregos puderam ouvir a Palavra do Senhor.” (At 19,10b)
Paulo parte mais uma vez de Antioquia da Síria e o retorno é pela Cesáreia e Jerusalém.
Está acompanhado de Silas, começando a viagem por terra, visitando as comunidades da Galácia e da Frígia. Na Jônia chega a Éfeso. Na comunidade já existente, Paulo encontra Apolo, judeu convertido. Impõe as mãos e invoca o Espírito Santo sobre os irmãos. Permanece por dois anos evangelizando na escola de Tirano. Manda queimar os livros de magia e é acusado pelos ourives da deusa Artêmis.
Na Macedônia, volta a visitar Filipos, Tessalônica e Beréia. Na Acaia passa três meses, certamente em Corinto. Depois da Macedônia, volta e fica um tempo em Filipos, de onde começa o regresso da terceira viagem.
Regresso da terceira viagem: Parte de Filipos pelo mar Egeu, para a Frígia. Lá visita Trôade, onde preside a fração do pão com a comunidade e faz uma longa homilia noite a dentro. Reanima o jovem que havia caído da janela. Na região da Panfília, visita Mileto. Ali reúne os líderes das comunidades e se despede. Segue pelo Mediterrâneo para o porto de Tiro.
Em Tiro, permanece por sete dias com a comunidade, depois continua viagem por terra, rumo a Jerusalém. Na Tolemaida, passa e descansa por um dia na comunidade. Na Palestina, chega em Cesaréia e visita os irmãos. Todos recomendam que não vá a Jerusalém. Decide ir, porque está pronto a morrer por Jesus Cristo.
Fim da terceira viagem: chegada a Jerusalém e permanência em Jerusalém e na prisão de Cesaréia (cap.21-26). Em Jerusalém, ao chegar, procura os apóstolos. Entra no templo, sendo perseguido e preso. Fala ao povo e conta sua conversão. Os judeus começam a linchá-lo. É recolhido pelos soldados e levado para a fortaleza. Os romanos o apresentam ao Sinédrio para ser julgado. Mas nada se conclui. É enviado a Cesaréia, com escolta, por ser cidadão romano. É julgado pelo procurador Félix. Permanece na fortaleza, com permissão para receber os amigos. É novamente julgado pelo procurador Festo, diante do rei Agripa. Para livrar-se das acusações dos judeus, apela a César.
Quarta Viagem (Anos 52-62; At 15-28,23)
Característica: o testemunho de Paulo chega até os confins do mundo.
É preso sob a guarda do centurião Júlio. Embarca por mar e o navio costeia a Palestina. Ao aportar no porto de Sidom, tem permissão de visitar a comunidade. Volta ao navio e a viagem segue rumo a Chipre. Lá, embarca no navio Alexandrino que vai para a Itália. Passa pela ilha de Creta. Segue para a Itália e o navio naufraga na tempestade, perto da ilha de Malta. Passa o inverno em Malta.
Na primavera, embarca no navio Dióscoro. Chega ao porto de Possuoli, na cidade de Óstia, na Itália. Vai a pé para Roma. Aluga uma casa, onde habita e recebe judeus e gentios até ser julgado e condenado e receber o martírio, entre os anos de 64 e 67.
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