Quem participa com atenção da missa no período de Natal percebe que a liturgia é diferenciada. Em poucos dias, a Igreja proclama Evangelhos que falam de perseguição, martírio, cruz e entrega total no dia 26/12 (Mt 10, 17-22) e no dia 27/12 (Jo 20,2-8).
Isso acontece nas chamadas Oitavas do Natal, que em meio à alegria do nascimento de Jesus, já se fala de sua Paixão, Morte e Ressurreição.
Segundo o Catecismo da Igreja Católica, toda a vida de Cristo é mistério de redenção (CIC, 517). Isso inclui o presépio, em que Jesus nasce já orientado para a cruz. A encarnação existe para a salvação da humanidade.
O Evangelho de João resume essa lógica. “O Verbo se fez carne” (Jo 1,14). Mas o mesmo Evangelho afirma que Ele veio para dar a vida por seus amigos (Jo 15,13). Natal e Páscoa não se separam.
Desse modo, a liturgia não se detém apenas na ternura do Menino Jesus, mas o anuncia como o Cordeiro de Deus que entra na história para oferecer a própria vida.
A Igreja celebra o Natal durante oito dias, esse tempo é chamado de Oitava. Dentro dele, surgem festas que ajudam a compreender o sentido do nascimento de Cristo.
Logo após o Natal, a liturgia recorda:
• Santo Estêvão, o primeiro mártir.
• São João, o discípulo que permaneceu aos pés da cruz.
• Os Santos Inocentes, crianças mortas por causa de Jesus.
Essas celebrações mostram que a luz que nasce em Belém provoca rejeição. O Evangelho afirma: “A luz brilha nas trevas, mas as trevas não a acolheram.” (Jo 1,5). Desde o início, o amor de Deus encontra resistência.
O Diretório sobre a Liturgia lembra que o mistério do Natal está unido ao mistério pascal. O mesmo Cristo que nasce pobre morre despojado. O mesmo corpo colocado na manjedoura será colocado no sepulcro.
Santo Agostinho expressa essa verdade com clareza. Ele afirma que Cristo “assumiu o que somos para nos dar o que Ele é”. Essa troca passa pela cruz.
A madeira da manjedoura aponta para a madeira da cruz. A fragilidade do Menino anuncia a entrega total do Redentor.
A antecipação da Paixão não apaga a alegria natalina, pelo contrário, ela a aprofunda. Sem a Ressurreição, o Natal seria apenas uma bela história. Com a Páscoa, ele se torna anúncio de vida nova.
São Paulo, em carta aos Coríntios, explica que “se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé” (1Cor 15,14). O nascimento só faz sentido porque culmina na vitória sobre a morte. Por isso, a Igreja ensina a contemplar o Natal com os olhos da Páscoa.
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Fonte: Vatican News/Catecismo da Igreja Católica
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