Por Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R (in memoriam) Em Histórias de Vida

A façanha de Judite

O livro bíblico de Judite narra a história dessa mulher, que é admirável. O fato aconteceu pelo ano 200 A/C. 

Nobucodonosor, rei da Assíria, e seu general Holofernes, levados pela ambição, decidem invadir Israel, que era um país pequeno e fraco. 

O rei de Israel, ao ver a chegada daquele exército desproporcionalmente mais forte que o seu, resolveu, em vez de enfrentá-lo, refugiar-se numa cidade bem fortificada, chamada Betúlia. 

O exército assírio cercou Betúlia e cortou o fornecimento de água para a cidade. 

Nesta situação terrível, Judite, que era uma mulher muito bonita, teve a seguinte ideia: Vestiu-se com suas roupas mais belas e sensuais, perfumou-se e saiu da cidade, à noite, fingindo ser uma desertora. 

Encontrou um soldado assírio e lhe disse que queria dar informações ao general. Foi levada à tenda de Holofernes. Este logo se encantou com a moça. 

Antes de ouvi-la, improvisou para ela uma festa com muitas bebidas. O general bebeu tanto que dormiu. Judite, que estava sozinha com ele em sua tenda, pegou a própria espada dele e lhe cortou a cabeça. Pôs a cabeça numa sacola e saiu. Nessa hora, as nuvens cobriram as estrelas e a lua, formando um escuro total. Assim, Judite entrou em Betúlia sem que nenhum soldado inimigo a visse. 

Vendo o prodígio, o exército de Israel criou coragem e, em plena noite, deu o grito de guerra. Os assírios, ao verem que seu general estava morto, entraram em pânico e fugiram, abandonando o projeto de apossar-se de Israel. Na fuga, à noite, apavorados, os soldados matavam seus próprios colegas pensando que eram israelitas. 

Após a fuga do exército assírio, os israelitas, cheios de alegria, fizeram uma festa, na qual cantaram para Judite o seguinte cântico: “Tu és a glória de Jerusalém, a alegria de Israel e a honra do nosso povo!” (Jt 15,9). 

A liturgia atribui essa frase a Maria Santíssima, que também enfrentou com coragem o inimigo, a serpente infernal (Cf Gn 3,15). 

Jerusalém representa o mundo criado por Deus. Maria é a sua glória, porque é a mais bela flor que o universo produziu. 

Israel representa a humanidade. Maria é a alegria da humanidade, porque é imaculada. 

A expressão “nosso povo” simboliza a Igreja. Maria é a honra da Igreja, por ser o seu membro mais santo e a primeira redimida a entrar no Céu em corpo e alma.

Escrito por:
Padre Antônio Queiróz dos Santos (Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R)
Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R (in memoriam)

Missionário redentorista, recolheu ao longo de seu ministério centenas de histórias que falam de forma simples e popular da fé e das realidades do povo de Deus.

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