Por Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R (in memoriam) Em Histórias de Vida

A moça índia Zulu

Havia, certa vez, uma linda jovem índia chamada Zulu. Naquela aldeia, todas as moças usavam colares. Mas o colar da Zulu era diferente, muito mais bonito. Por isso as colegas tinham ciúme dela.

Um dia, quando Zulu passeava na beiro do rio, encontrou-se com o grupo de moças, e estas lhe disseram que haviam jogado os seus colares no rio, como oferta a Deus. E pediram que ela também o fizesse. Zulu atendeu e jogou o seu colar no rio. As outras começaram a rir, tirando seus colares dos bolsos, e foram embora contentes.

A jovem caminhava triste pela margem do rio, quando ouviu uma voz dentro de si mesma que dizia: “Atira-te à água!” No mesmo instante, ela se jogou no rio. No fundo, encontrou uma gruta, dentro da qual havia uma velhinha cheia de feridas de aspecto repugnante.

“Beije minhas feridas”, disse a velha. Zulu hesitou um pouquinho, mas acabou beijando as feridas da velhinha, que logo ficaram curadas. A mulher disse: “Em retribuição à minha cura, farei com que você se torne invisível às feras”.

Na mesma hora a jovem escutou a voz de um dragão que gritava: “Quero carne! Quero carne!” Passou ao lado de Zulu e, como não a viu, foi-se embora. A mulher deu à jovem um novo colar muito mais bonito.

Zulu voltou à aldeia. Quando as outras moças a viram, ficaram surpresas e lhe perguntaram onde havia encontrado aquele colar tão belo. Ela contou que foi uma velhinha que vivia numa gruta no fundo do rio. As jovens foram correndo ao rio e mergulharam. Encontraram a gruta e dentro dela a velhinha cheia de feridas, que lhes disse: “Beijem minhas feridas!” As moças sentiram repugnância e não satisfizeram o desejo da velha.

Nesse momento, ouviram a voz de um dragão, gritando: “Quero carne! Quero carne!” E como o dragão podia enxergá-las, devorou-as.

Foi a humildade de Zulu, beijando as feridas da velhinha, que salvou a sua vida. Queremos ser humildes, e nunca recusar o amor aos doentes.

Maria Santíssima sempre foi corajosa em fazer o bem. Mãe dos doentes, rogai por nós.

Escrito por:
Padre Antônio Queiróz dos Santos (Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R)
Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R (in memoriam)

Missionário redentorista, recolheu ao longo de seu ministério centenas de histórias que falam de forma simples e popular da fé e das realidades do povo de Deus.

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Por Pe. Queiróz, C.Ss.R., em Histórias de Vida

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