No séc. 18, em um porto da América Latina, um senhor negro entrou clandestinamente em um navio negreiro e escondeu-se no porão. O seu grande desejo era voltar para a sua terra, a África.
No porão, havia um carregamento de serpentes que estavam sendo transportadas para laboratórios da Europa. Eram centenas de cascavéis e outras cobras venenosas, fechadas em grandes cestos. Havia também caixas com ratos e sapos, para alimentar as cobras.
Durante a viagem, a tripulação ouviu surdo rumor no porão. Desceram e abriram cuidadosamente a tampa do piso que dava para o porão. Com o auxílio de uma lanterna, viram que alguns cestos estavam abertos e as cobras arrastando-se em todo o espaço.
Viram também um homem assentado em uma caixa, imóvel e rijo, cercado pelas serpentes. Que aconteceu? Aquele fugitivo pensou que alguns cestos continham bananas e, para matar a fome, abriu alguns deles.
As serpentes passeavam nos seus pés e em todo o seu corpo. Para não ser picado, ele não se mexia.
Com o auxilia de um gancho preso em uma corda, os marinheiros puxaram-no lentamente para cima, a fim de não irritar os bichos, e assim o salvaram.
O inferno é pior que esse porão cheio de serpentes venenosas, porque quem cai lá não sai mais nunca. Cruz credo!
Não queremos transformar o nosso ambiente em um inferno, procurando oportunidades para picar o nosso próximo com o veneno diabólico do engano, da explora e do desprezo. Esses e outros venenos levam as pessoas a se enrijecerem como se estivessem cercadas de serpentes.
“Paulo saiu para recolher uma braçada de gravetos, a fim de os lançar no fogo. Por causa do calor, saiu uma cobra que se enrolou na sua mão. Os nativos viram a cobra venenosa pendurada na sua mão e diziam entre si: ‘Este homem é mesmo um criminoso. Apenas escapado do naufrágio, a justiça divina não lhe permite viver.’ Paulo, porém, sacudiu a cobra dentro do fogo, sem sofrer nenhum mal” (28,3-5).
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