Certa vez, um padre foi celebrar a Missa numa comunidade rural, bem distante e sem estradas. Foi a cavalo.
Na homilia, ele falou sobre a oração. Explicou que a distração na oração é normal, pois ninguém consegue rezar sem se distrair.
Na volta, como era noite, um senhor arreou o seu cavalo e foi com ele até a cidade, para lhe fazer companhia.
Os dois iam, um ao lado do outro, conversando. O homem disse ao padre: “Eu gostei de tudo o que o senhor falou. Mas de uma coisa eu discordo. É de que a gente não consegue rezar sem se distrair. Eu consigo”.
O padre insistiu: “Não dá, filho! Pelo menos um pouquinho você acaba se distraindo. Eu dou este meu cavalo para você, se você conseguir rezar o Pai Nosso sem se distrair”.
O homem topou o desafio. É hoje, pensou ele, que vou ganhar um cavalo. E disse: “Posso começar?” O padre respondeu que sim, e ele já foi logo rezando em voz alta: “Pai Nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino... Sr. padre, é com arreio ou sem arreio?”
Pronto, perdeu a aposta, pois estava pensando mais no cavalo que na oração.
A nossa fantasia é chamada “a louca da casa”. É difícil controlá-la. Mas Deus é tão bom que ninguém consegue pensar em pecado, enquanto está rezando. O terço, por exemplo, é justamente uma oração para se rezar distraído, mas distraído em Deus e nos mistérios da nossa salvação.
Boleto
Carregando ...
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Carregando ...
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.