Havia, certa vez, no interior do Japão, um casal que morava na roça e fabricava sandálias de palha. Eles tinham um filho de doze anos. O garoto era muito obediente.
Um dia, a mãe pegou três palhas, deu a ele e disse: “Filho, vá à cidade e compre com essas palhas três peças de seda”. O menino obedeceu na hora. Pegou as três palhas e saiu.
No caminho, foi visto por uma mulher que lavava cebolas em um riacho. Ela pediu ao menino para lhe dar aquelas três palhas, a fim de amarrar as cebolas. “Dar eu não posso”, disse o garoto, “porque essas palhas valem três peças de seda”. A mulher lhe deu então três cebolas em troca das palhas, e o menino continuou a viagem.
Mais na frente, passando diante de uma hospedaria, o dono viu o garoto com as cebolas e pediu a ele que as cedesse, para ele fazer um molho, pois chegaram hóspedes e ele não tinha as cebolas. “Ceder não”, disse o menino, “pois estas cebolas valem três peças de seda”. O homem então lhe deu, pelas cebolas, um vidro de molho. E o menino continuou a viagem.
Um pouco na frente, um fabricante de espadas viu o garoto passando com o vidro de molho. Correu ao seu encontro e lhe pediu aquele molho. Ele acabara de receber visitas e não sabia onde encontrar tempero para servi-los. “Dar eu não posso”, disse o menino “pois esse molho vale três peças de seda”. O homem trocou então o molho por uma espada. O garoto colocou a espada na cintura e continuou o seu caminho.
Já estava bem perto da cidade, quando escutou um barulho. Era a princesa que passava com sua comitiva. Quando a princesa viu o menino com a espada, pediu ao cocheiro que parasse a carruagem. Ela desceu, aproximou do garoto e lhe disse que não era permitido uma criança usar espada, e que ele devia entregar aquela espada. “Entregar não”, respondeu o menino, “essa espada vale três peças de seda”.
A princesa quis saber por quê, e ele contou a história. Ela o levou até o palácio e lhe deu as três peças de seda. A criança voltou para casa e entregou a seda para a sua mãe.
O caminho da obediência sempre é o melhor, mesmo que no começo nos pareça impossível
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