Havia, certa vez, um rapaz que era cego de nascença. Outro jovem foi acidentado gravemente e, antes de morrer, doou para ele seus olhos. O moço ficou muito agradecido. A expectativa era grande.
Logo que o acidentado teve morte cerebral, seus olhos foram transplantados no moço. A cirurgia correu dentro da normalidade. Restava agora aguardar, pois seus novos olhos deviam ficar vendados por um determinado período.
O paciente foi preparado psicologicamente para o primeiro encontro com a luz do dia.
Finalmente, foram retiradas as vendas. O quarto, ainda escuro, foi sendo iluminado gradativamente. O rapaz enxergou pela primeira vez. Chorou de emoção. Choraram também os que estavam ali presentes.
Horas depois, o médico quis saber quais as primeiras impressões do novo vidente. Sempre comovido, assim se expressou:
- Fiquei imensamente alegre e agradecido. Mas fiquei também triste. Verifiquei meu engano sobre a fisionomia das pessoas. Quando era cego, eu as imaginava livres, alegres, descontraídas e acolhedoras. Agora que vejo, a realidade é outra.
E acrescentou, com um semblante desiludido:
- Eu queria saber pintar, para mostrar como eu imaginava o rosto e o semblante das pessoas com quem conversava.
O coração é nosso, mas o semblante pertence aos outros. Vamos acolher as pessoas de modo que correspondamos às suas expectativas. Jesus está presente no meu próximo. Devemos, portanto, tratar as pessoas como se nos encontrássemos com o próprio Jesus.
“O pior cego é aquele que não quer ver.”
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