Por Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R (in memoriam) Em Histórias de Vida

Para que você trabalha?

Certa vez, três operários preparavam pedras para uma grande construção. Chegou uma pessoa e perguntou ao primeiro: “O que você está fazendo, meu amigo?” Ele respondeu: “Estou preparando pedras”.

O visitante dirigiu-se ao segundo funcionário, que não ouviu a conversa, e fez a mesma pergunta. Este respondeu: “Estou trabalhando para sustentar a minha família”.

Ao terceiro funcionário, que estava um pouco distante dos dois, a visita fez a mesma pergunta: “O que você está fazendo, meu amigo?” Ele disse, cheio de alegria: “Estou construindo uma catedral!”

O segundo respondeu melhor que o primeiro. Mas o último ganhou dos dois. Ele deu um sentido transcendente ao seu trabalho. Muitos só ficam no terra-a-terra, e não veem o seu trabalho como um ato de louvor a Deus. Nós somos operários do Senhor. De um modo ou de outro, estamos todos construindo a sua casa, que é o Reino de Deus, um Reino de felicidade, de amor e de vida plena para todos. O nosso trabalho vale muito mais do que o salário que recebemos. O trabalho tem um valor infinito, pois somos filhos e filhas de Deus.

Se alguém lhe perguntar: “Para que você trabalha?” Ou: “Para que você estuda, se diverte...?” Que bom se você respondesse: “É para eu ser feliz e ajudar outros a serem felizes, glorificando, assim, a Deus”.

Os chineses e os pratos de arroz

Os chineses gostam muito de arroz. E usam comer arroz com palitos. Diz uma lenda chinesa que, certa vez, um discípulo perguntou ao seu mestre: “Qual é a diferença entre o Céu e o Inferno?

O mestre respondeu: “Ela é fácil de entender. Havia, certa vez, dois grandes pratos de arroz cozido e muito gostoso. Em volta do primeiro estavam sentadas várias pessoas, todas magras, tristes e famintas. Isso porque elas tinham, amarrados em suas mãos, palitos muito grandes, e assim não conseguiam levar o arroz até a sua boca.

Em volta do outro grande prato de arroz, havia também várias pessoas, e estas tinham também, como as primeiras, palitos exageradamente grandes amarrados em suas mãos. Mas, ao contrário das primeiras, estas pessoas estavam felizes, robustas e bem alimentadas. A diferença é que aqui cada uma pegava o arroz com seus palitos e colocava na boca da outra pessoa.

O primeiro grupo é o inferno. O segundo é o céu”, concluiu o mestre.

Está aí o jeito fácil de ser feliz e de ir para o Céu. É só amar os necessitados e ajudá-los. Cada um ajudando o outro, todos somos felizes, numa felicidade que antecipa o Céu.

Maria Santíssima era bastante sensível aos pobres e necessitados. Uma das páginas mais veementes da Bíblia sobre este assunto é justamente o hino que ela cantou, o Magnificat. Que ela nos ajude.

O mapa mundi

Certa vez, um garoto chegou da escola e falou para o pai: “Pai, eu fiquei de 2ª época em geografia”.

O pai irritou-se com aquela notícia e resolveu dar um castigo para o filho. Pediu que o menino se retirasse.

Como ele estava lendo um jornal e neste havia o mapa do mundo, que ocupava uma página inteira, o pai retirou esta página, recortou-a com uma tesoura em diversos pedaços bem disformes, formando um quebra-cabeças. Chamou o filho e lhe disse: “Já que você ficou de 2ª época em geografia, eu vou dar-lhe um castigo. Você vai ter de ajuntar esses pedaços de papel, montando de novo o mapa do mundo”.

E o pai se retirou, deixando o menino ali na mesa. Poucos minutos depois, o garoto grita: “Pai, já está pronto!” O pai veio admirado, olhou e viu que de fato o globo terrestre estava totalmente reconstituído.

Então perguntou ao filho: “Como você conseguiu tão rapidamente ajuntar todos os países e continentes do mundo, se ficou de 2ª ápoca em geografia?” O filho deu um sorriso e falou: “Pai, o senhor se esqueceu de olhar do outro lado da folha. Existe a foto de um homem, também ocupando a página inteira. Eu reconstruí o homem, pronto, o mundo ficou reconstruído”.

De fato é isso mesmo. Reconstruindo o homem, nós reconstruímos o mundo.

Escrito por:
Padre Antônio Queiróz dos Santos (Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R)
Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R (in memoriam)

Missionário redentorista, recolheu ao longo de seu ministério centenas de histórias que falam de forma simples e popular da fé e das realidades do povo de Deus.

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Carregando ...

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Pe. Queiróz, C.Ss.R., em Histórias de Vida

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.

Carregando ...