Por Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R (in memoriam) Em Histórias de Vida Atualizada em 01 JUL 2019 - 11H00

Pe. Antão Jorge

O Pe. Antão Jorge nasceu em 1880, na Áustria. Seus pais se chamavam Sebastião e Elisabeth. Eram bem ligados à Igreja. A mãe pertencia à Ordem Franciscana Secular. Tiveram seis filhos. 

Quando jovem, Antão participou das Santas Missões redentoristas em sua cidade. Entusiasmado pelo trabalho missionário, decidiu ser também redentorista. Em 1904 foi ordenado sacerdote. 

No mesmo ano, veio para o Brasil. Durante os longos dias de viagem, ele fez um propósito, que cumpriu até o fim da vida: “Quero santificar-me, ajudando os brasileiros a se tornarem santos”. 

Ao chegar aqui, foi para Goiânia, onde trabalhou como missionário, viajando a cavalo pelo interior do Estado. 

Conta-se que um dia, ao passar por uma cidade, ficou sabendo que cinco homens armados estavam em volta de uma casa, para matar o dono da casa, que estava dentro. Era o terrível círculo vicioso da vingança entre famílias. Pe. Antão não duvidou. Usando sua batina, desceu do cavalo, entrou na casa e saiu abraçado com o homem, protegendo-o com o seu corpo. Desse modo, a pobre vítima pôde escapar e fugiu. 

Em outra ocasião, coincidiu que bem nos dias da Missão chegou um circo à cidade. Como os moradores estavam preferindo a Missão, alguns do circo ficaram com raiva e resolveram ir à igreja para atrapalhar a Missão. Ficavam atrás do padre, imitando a sua pronúncia, que era péssima. Eles ridicularizavam e faziam o povo rir.  Numa noite, um deles caiu de uma corda no circo e se machucou gravemente. O povo viu aquilo como um castigo de Deus, e o circo teve de ir embora. A partir daí, a Missão pegou de uma vez. 

Pe. Antão gostava também de pregar retiros, esperando que acontecesse com os participantes o que aconteceu com ele, isto é, deixar-se tocar pela graça de Deus e mudar de vida. 

Foi ele que construiu a matriz de Trindade, GO, e a igreja de Bela Vista de Goiás. Nessas construções, ele próprio ia ao mato, cortava a madeira e trazia. 

Em 1915, Pe. Antão mudou-se para Aparecida (SP), a fim de trabalhar no Santuário de Nossa Senhora AparecidaConstruiu o Lar Nossa Senhora Aparecida, para idosos. 

Lutou, junto com outros aparecidenses, pela emancipação da cidade, o que aconteceu dia 17/12/1928. 

Foi ele a pessoa que mais trabalhou para que Nossa Senhora Aparecida fosse declarada Padroeira do Brasil, o que aconteceu em 1930. 

Mas o seu trabalho de maior destaque foi o iniciou da construção do novo Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, o maior templo mariano do mundo. 

Uma característica do Pe. Antão era não falar mal de ninguém. Sempre que podia, ele impedia que as pessoas cometessem a maledicência. 

Nos seus últimos anos de vida, ele não conseguia mais celebrar a santa Missa, mas não perdia tempo. Atendia Confissões. Era sempre sorridente, calmo e acolhedor. Isso até o seu último dia de vida. Faleceu dia 28/09/1965, com 85 anos de idade. 

“Como são belos, sobre as montanhas, os pés do mensageiro que leva a paz” (Is 52,7Rm 10,15). 

Escrito por
Padre Antônio Queiróz dos Santos (Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R)
Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R (in memoriam)

Missionário redentorista, recolheu ao longo de seu ministério centenas de histórias que falam de forma simples e popular da fé e das realidades do povo de Deus.

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