Por Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R (in memoriam) Em Histórias de Vida

Psicologia

Havia, certa vez, uma família numerosa que morava na roça, perto da cidade, e o pai era bastante rigoroso na educação. Inclusive, ele tinha numa gaveta uma varinha de marmelo, com a qual de vez em quando batia em um filho ou filha. 

Mas só fazia isso após a terceira repreensão sem resultado, e alertando a criança de que, se não obedecer, vai apanhar. 

A filha mais velha cresceu e tornou-se catequista. 

Amiga do padre, ela conseguiu convencê-lo a convidar um psicólogo para fazer uma palestra aos paroquianos sobre educação dos filhos. O padre, ao convidar o psicólogo, contou-lhe o motivo do convite. Por isso, este veio determinado em pedir para não bater nos filhos. 

A palestra foi à noite, e toda aquela família estava presente. 

O psicólogo, logo no início, disse que agora não se pode mais bater nos filhos, porque o que resolve é a psicologia. Durante a palestra, de uma forma ou de outra, ele ia sempre repetindo essa afirmação. Falou durante uma hora. 

Terminada a palestra, a família voltou para casa. Logo ao chegar, o pai abriu a gaveta, mostrou a vara de marmelo para todos os filhos e disse: “De hoje em diante, isso aqui vai chamar-se psicologia”. 

 

“O pai que poupa a vara odeia seu filho” (Pr 13,24). 

 

De fato, não se deve exagerar no uso desse meio de educação. Mas há situações em que ele é necessário. Aquele psicólogo foi unilateral. Os psicólogos são unânimes em afirmar que, de vez em quando, as tradicionais palmadinhas no bumbum fazem bem. 

 

Claro, sempre após uma desobediência repetida, e a criança sabendo que poderá apanhar. O importante é que a criança perceba: A mamãe, ou o papai, está me batendo porque eu errei, não porque ela está nervosa. Descarga de nervosismo na criança causa insegurança e faz mal. 

 

Nós queremos evitar que as crianças se tornem joio mais tarde. Desejamos que elas sejam trigo de Deus, boas sementes, para o bem da Igreja, da sociedade e delas mesmas. E para isso recorremos a todos os recursos da boa educação. 

 

Maria Santíssima, ao encontrar seu Filho no Templo, depois três dias de procura, não foi logo dando bronca, julgando-se dona da razão. Pelo contrário, ela foi humilde e primeiro quis saber do menino o motivo: “Filho, por que agiste assim conosco? Olha, teu pai e eu estávamos angustiados à tua procura!” (Lc 2,48). Rainha das famílias, rogai por nós. 

Escrito por:
Padre Antônio Queiróz dos Santos (Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R)
Pe. Antônio Queiroz, C.Ss.R (in memoriam)

Missionário redentorista, recolheu ao longo de seu ministério centenas de histórias que falam de forma simples e popular da fé e das realidades do povo de Deus.

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