“Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia, a fidelidade. Eis o que era preciso praticar em primeiro lugar, sem, contudo, deixar o restante. Guias cegos! Filtrais um mosquito e engolis um camelo. Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Limpais por fora o copo e o prato e por dentro estais cheios de roubo e de intemperança. Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o que está fora fique limpo” (Mt 23, 23–26)
Leia MaisSão Pio X: um exemplo de humildade e simplicidade em um mundo de aparênciasNo Evangelho de Mateus, conseguimos ver o embate entre Jesus e os fariseus e escribas. As palavras do Mestre são contundentes não para humilhar e desmoralizar aqueles que guiavam o povo, mas para ensinar-lhes a importância do amor e da misericórdia acima de qualquer lei escrita ou oral!
A justiça, a misericórdia e a fidelidade são os preceitos fundamentais para haver leis. A letra fria pode até matar, por isso Jesus mostra a importância de se recorrer ao Espírito que dá vida à lei.
Muitas vezes, nós somos incongruentes com o que dizemos. Às vezes, coamos mosquitos e engolimos camelos. Ao mesmo tempo em que repreendemos alguém por faltar à missa ou à celebração, somos motivo de tédio ou de rixas em nossos espaços celebrativos. “Todos somos muito rigorosos com os nossos irmãos, mas muito brandos e misericordiosos conosco mesmos”, já dizia São Francisco de Sales.
Mas, prescindindo um pouco das nossas limitações, queremos aprender a lição que Jesus nos ensinou. Desejamos formar uma família de irmãos mais unidos e compassivos, capazes de perdoar e relevar as fraquezas do outro, corrigindo sempre que necessário. Entretanto, não podem existir aí inquisidores capazes de matar por causa de uma transgressão da regra. Somos o novo Povo de Deus, caminhando em direção a uma vida melhor.
Ainda muito nos envergonha nos nossos dias que existam tantas injustiças acontecendo pelo nosso globo. Vemos, por exemplo, habitantes de países ricos (europeus e americanos) agredirem os irmãos que não nasceram naqueles países: o imigrante.
Detectamos a existência de pessoas que odeiam o estrangeiro; que suspeitam das pessoas de rostos diferentes. Existem até aqueles capazes de matar por causa do preconceito. Temos de crescer muito no amor evangélico. Pois já não se pode alcunhar os fariseus e os escribas de hipócritas e de legalistas, se nós mesmos temos atitudes degradantes, abjetas e petulantes.
O que mais nos dá esperança é ler o magnífico texto de um dos documentos do Concílio Vaticano II (1962-1965). Na Lumen Gentium, no capítulo II (O POVO DE DEUS), com o tema Universalidade e catolicidade do único Povo de Deus, n.º 13, podemos encontrar esta belíssima passagem:
“Ao novo Povo de Deus, todos os homens são chamados. Por isso, este Povo, permanecendo uno e único, deve estender-se a todo o mundo e por todos os séculos, para se cumprir o desígnio da vontade de Deus que, no princípio, criou uma só natureza humana e resolveu juntar em unidade todos os seus filhos que estavam dispersos (cfr. Jo 11, 52).
Foi para isso que Deus enviou o Seu Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas (cfr. Hb 1, 2), para ser mestre, rei e sacerdote universal, cabeça do novo e universal Povo dos filhos de Deus. Para isso, Deus enviou finalmente também o Espírito de Seu Filho, Senhor e fonte de vida, o qual é para toda a Igreja, e para cada um dos crentes, princípio de agregação e de unidade na doutrina e na comunhão dos Apóstolos, na fração do pão e na oração! (cfr. At 2, 42)”.
Esse é o sonho da nova humanidade em Cristo. Isso reflete bem o projeto de Jesus, e podemos compreender porque o Mestre se dirigiu tão duramente àqueles que não compreendiam a importância da renovação de mentalidade, e que não permitiam que ela acontecesse. Sejamos seus bons discípulos, lutando para que o seu sonho de construir uma humanidade-família se concretize!
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