Igreja

Acolher e evangelizar: como você tem vivido essa missão?

Inspirados pelo Jubileu das Pessoas com Deficiência, refletimos sobre a missão cristã de servir com amor os mais frágeis.

Escrito por Luciana Gianesini

29 ABR 2025 - 11H55 (Atualizada em 29 ABR 2025 - 12H30)

GUNDAM_Ai/Shutterstock

Entre os diversos momentos vividos no Ano Jubilar de 2025, o Jubileu das Pessoas com Deficiência, realizado neste último fim de semana abril pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida — embora de modo reduzido por conta do falecimento do Santo Padre — lançou luz sobre uma dimensão profunda da missão cristã, e que também é vivida aqui na Casa da Mãe Aparecida: acolher é também evangelizar.

Acolher não é apenas “receber”, mas caminhar junto, ouvir com paciência e valorizar com amor. A Igreja é chamada a ser cada vez mais inclusiva, não apenas por acessibilidade física, mas sobretudo pela atitude de serviço que brota da fé.

Essa perspectiva ajuda a compreender que a missão de anunciar o Evangelho vai além das palavras. Ela se concretiza por meio de gestos simples, como uma presença atenta e disponibilidade para reconhecer Cristo nos que mais precisam de cuidado. É no contato com os frágeis, muitas vezes esquecidos ou invisibilizados, que se manifesta o rosto misericordioso da Igreja.

O exemplo de Jesus, que se fez próximo dos marginalizados e excluídos, é o modelo para nossa atuação como discípulos. Ele nos ensinou que, a Igreja não pode se limitar a palavras, mas deve viver o Evangelho de maneira encarnada, nas ações concretas que promovem a dignidade do outro.

Fé em ação: escutar, servir, incluir

O voluntariado cristão, quando nasce da fé, é expressão de uma Igreja em saída e profundamente encarnada na realidade do outro. O cuidado com as pessoas com deficiência é uma das formas mais visíveis e urgentes dessa missão. Mas ela se estende a todos os que vivem alguma forma de fragilidade: idosos, enfermos, pessoas solitárias ou socialmente excluídas.

Escutar é parte fundamental desse processo. Antes de oferecer soluções ou criar iniciativas, é preciso dar espaço para que essas pessoas falem, expressem seus desejos, medos e necessidades. É por meio dessa escuta sincera que nasce o verdadeiro acolhimento cristão, que não impõe, mas se oferece.

Ao refletir sobre esse chamado, também somos convidados a examinar a própria vivência de fé. Quantas vezes o serviço à Igreja é visto como algo opcional, reservado a alguns? No entanto, o Evangelho nos convida a todos a participar da construção de uma Igreja mais fraterna e sensível às dores do mundo. Isso começa por atitudes pequenas: ajudar alguém, visitar quem está só, dar atenção a quem não costuma ser ouvido, convidar à participação ativa na comunidade.

Acolher e evangelizar, portanto, não são dois caminhos distintos. São partes de uma mesma estrada, trilhada com o coração de discípulos que reconhecem, na fragilidade do outro, a presença viva do Senhor. E essa estrada começa onde estamos: na família, no trabalho, na comunidade.

Algumas dicas que você pode ajudar a sua comunidade a aplicar já

Ground Picture/Shutterstock
Ground Picture/Shutterstock

1. Adequação dos espaços físicos

Garanta acessibilidade nos espaços da igreja, com rampas, elevadores, cadeiras de rodas adaptadas e banheiros acessíveis, permitindo participação plena nas celebrações.


New Africa/Shutterstock
New Africa/Shutterstock

2. Diversificação de linguagens para inclusão

Disponibilizar um intérprete para Libras para as celebrações e momentos formativos, bem como fornecer os materiais de apoio em áudio, garante que todos acompanhem de forma acessível.

Photozero/Shutterstock
Photozero/Shutterstock

3. Inserção em serviços pastorais e voluntariado

Inclua pessoas com deficiência em serviços pastorais como a Pascom, onde podem contribuir com suas habilidades e ajudar na comunicação da comunidade.

francostock/Shutterstock
francostock/Shutterstock

4. Participação no acolitato e ministérios litúrgicos

Ofereça oportunidades para pessoas com deficiência participarem de ministérios litúrgicos, dentro de suas habilidades, promovendo uma maior inclusão na liturgia.

PeopleImages.com - Yuri A/ Shutterstock
PeopleImages.com - Yuri A/ Shutterstock

5. Criação de uma cultura de acolhimento e respeito

Capacite a comunidade para acolher e interagir de forma respeitosa com pessoas com deficiência, criando um ambiente inclusivo e acolhedor para todos.


🕊 Que tal dar esse passo hoje? Sua fé pode transformar a vida de alguém! 
Reflita com seu grupo, paróquia ou comunidade sobre o valor do acolhimento como missão evangelizadora.
👉 Compartilhe este conteúdo e seja sinal de esperança para quem mais precisa.

Fonte: Vatican News

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Carregando ...

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Luciana Gianesini, em Igreja

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.

Carregando ...