O altar principal da Basílica Velha de Nossa Senhora Aparecida guarda algumas relíquias de São Vicente Mártir. As relíquias encontram-se na Igreja desde janeiro de 1910 e foram enviadas pela Santa Sé por causa da concessão do título de elevação à Basílica Menor, que ocorreu em 1908.
Conta o livro do padre Júlio Brustoloni 'A História de Nossa Senhora da Conceição Aparecida: A Imagem, o Santuário e as Romarias', que foi Dom Duarte Leopoldo e Silva, então arcebispo de São Paulo, quem pediu a elevação da igreja para Basílica Menor. A concessão deste título honorífico, manifesta o valor de um templo e de sua história cultural e religiosa e o fortalecimento do vínculo da Igreja com a Santa Sé e o Santo Padre.
"Em 1908, Dom Duarte Leopoldo e Silva pediu e conseguiu o título e o privilégio de Basílica Menor para a Igreja do centro da cidade, mais conhecida como Basílica Velha. A dignidade foi concedida por Pio X, a 29 de Abril de 1908, e executada com a sagração do templo por Dom Duarte, a 5 de Setembro de 1909", destaca o livro de Brustoloni.
O relicário exposto na igreja guarda um fragmento de osso do santo e um pedaço de pedra manchado com o sangue derramado no momento de seu martírio (foto). A imagem em tamanho natural apresenta o santo deitado e vestido como um 'soldado de Cristo'.
O envio de relíquias de santos para um templo que recebe este título é um costume da Igreja, como esclarece padre Victor Hugo Lapenta, coordenador da Comissão de Bens Culturais e Históricos da Arquidiocese de Aparecida: “É uma exigência da Igreja que os templos que recebem este título de basílica tenham uma relíquia insigne, que tenha ligação direta com o santo e que seja reconhecida oficialmente pela Igreja”.
Padre Victor Hugo explica ainda que uma relíquia tem como finalidade recordar os fiéis do testemunho de vida dado pelo santo. “A Igreja tem uma tradição de veneração das relíquias, uma forma de homenagear a pessoa do santo. Não é a relíquia em si, mas é a pessoa do santo que é venerada através da relíquia”, sublinha.
A relíquia de São Vicente foi exposta pela primeira vez no dia 8 de janeiro de 1910. Na ocasião estava presente o cardeal Dom Joaquim Arcoverde, que presidiu uma missa. No livro de crônicas da comunidade religiosa da basílica, o autor registrou a presença de uma multidão de fiéis que “mostrava-se comovida diante do mártir”.
O costume de venerar relíquias dos santos remete à tradição da Igreja Católica de preservar a memória de santos e mártires e data do início do cristianismo. As relíquias podem ser de fragmento do corpo ou objetos utilizados pelos santos.
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