Brasília (DF) tornou-se o epicentro de reflexões e planejamentos eclesiásticos, com o início do Encontro Nacional "Preparando o Jubileu 2025", promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) nesta segunda-feira (29).
O evento reuniu aproximadamente 300 participantes de todas as regiões e dioceses do país e conta com a presença de Dom Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização e coordenador do Jubileu 2025, que atua como convidado especial para assessorar os debates.
Expressando sua gratidão pela colaboração na preparação do jubileu, Dom Fisichella ressaltou a importância do evento como um momento de graça para toda a Igreja. “Estou grato por encontrar grande ajuda na cansativa preparação do jubileu, que será um momento de graça para toda a igreja”, acolhe Dom Fisichella.
Leia Mais2024 é o Ano da Oração em preparação para JubileuA tradição em celebrar jubileus na IgrejaApp do Jubileu 2025 está disponível em portuguêsIgreja no Brasil se prepara para o Jubileu 2025O Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giambattista Diquattro, destacou a alegria de acolher Dom Fisichella em solo brasileiro, considerando sua presença como um sinal motivador para a Igreja neste período preparatório. “A Igreja do Brasil e a sua pessoa se confirmam mutuamente no ardor da expectativa do entusiasmo e da motivação no seguimento do único caminho que é Cristo Jesus.”
O Arcebispo de Brasília, Cardeal Paulo Cézar Costa, inaugurou os trabalhos reforçando o tema do jubileu, intitulado "Peregrinos de Esperança". Ele sublinhou o pedido do Papa Francisco para que a Igreja se dedique primeiramente ao Ano da Oração como parte da preparação para este evento significativo.
“Estamos vivendo numa sociedade que vai perdendo a esperança. Esperança é o tema fundamental para a sociedade. O ser humano não vive sem esperança. A fé cristã para nós nasce da esperança em Cristo morto e ressuscitado. É nele que se fundamenta a nossa esperança”, afirmou o arcebispo.
Dando início as temáticas, o Bispo Auxiliar de Brasília e Secretário-Geral da CNBB, Dom Ricardo Hoepers, abordou a ação evangelizadora da Igreja no Brasil, destacando os desafios decorrentes da vastidão territorial e diversidade cultural. Ele provocou uma reflexão sobre a efetividade dos projetos e trabalhos, levantando questões sobre a implementação das diretrizes do Concílio Vaticano II nas dioceses e regionais.
“Com todas essas comissões que representam o Concílio Vaticano II, como estão estabelecidos os projetos e trabalhos lá nos nossos regionais e nas nossas dioceses? Será que nas bases estamos trabalhando em gavetas? Precisamos trabalhar com coragem. Nosso Jubileu nos mostra que é preciso trabalhar em conjunto”, pontou.
O Arcebispo de Santa Maria e presidente da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética e do regional Sul 3 da CNBB, Dom Leomar Brustolin, liderou uma palestra profunda sobre os atuais desafios enfrentados pela Igreja na missão evangelizadora brasileira. Dividindo sua análise em sinais dos tempos, conversão pastoral e missão, Dom Leomar enfatizou a importância da transmissão da fé, do sentido de pertença e da comunhão na comunidade cristã.
O segundo vice-presidente e Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Paulo Jackson Nóbrega, a partir de imersão bíblica, fez os presentes refletirem os elementos marcantes citados na Bíblia como um caminho traçado para se vivenciar o Jubileu da Esperança. Para ele, há trechos marcantes que retratam que somos todos peregrinos da esperança, somos todos libertados, assim como o povo de Israel, como acontece em um tempo sabático.
Ao fazer uma ligação com esse resgate bíblico-teológico, dom Paulo alinhou sua fala ao significado do jubileu atualmente. Entre os católicos, o que se chama de “ano sabático” passou a ser uma indulgência plenária concedida pelo papa a cada 25 anos.
“É como uma devolução da dignidade aos filhos e filhas de Deus que estão oprimidos na marginalidade da vida. Porém, o ponto culminante do ano jubilar é o cumprimento do projeto de Deus visando a salvação, a restauração do Reino de Deus, em Jesus, onde tem fim tudo o que foi corrompido pelo pecado do ser humano”, disse.
O último dia do encontro está reservado para discussões sobre a celebração do Jubileu, propostas para sua realização e uma mesa redonda abordando as perspectivas para o Jubileu no Brasil. O evento será encerrado com uma celebração eucarística presidida por Dom Rino Fisichella na Basílica Santuário São Francisco de Assis, em Brasília.
O Jubileu 2025, um evento extraordinário da Igreja Católica que ocorre a cada 25 anos, está marcado para ser um período de perdão, reconciliação e indulgência. Os fiéis que visitarem as Basílicas designadas terão a oportunidade de receber a indulgência plenária. Este encontro culminará em 2025, exatamente 25 anos após o último Jubileu, proclamado por João Paulo II em 2000. O Ano Santo é tradicionalmente inaugurado com a abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, pelo Papa.
Fonte: CNBB
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