Instituído oficialmente pelo Papa São João Paulo II no ano 2000, quando canonizou Santa Faustina, e comemorada imediatamente no primeiro domingo após a Ressurreição, a Festa da Divina Misericórdia faz com que possamos mergulhar diretamente na fonte única e repleta de compaixão e bondade: o Coração Misericordioso de Cristo.
Ao longo da história, muitas pessoas dedicaram e dedicam integralmente suas vidas a fazer o bem ao próximo, a levar o Evangelho a todos os cantos do mundo e a ajudar os mais necessitados. Esse olhar voltado às necessidades do outro é o que podemos chamar de misericórdia.
Por isso, trouxemos dez exemplos de pessoas que não hesitaram em se doar completamente à causa do Evangelho em benefício daqueles que mais necessitam, confira!
São João Paulo II (1920–2005)
Teve uma juventude muito dura pelo ambiente de ódio e destruição da Segunda Guerra Mundial. Durante seus mais de 25 anos de pontificado, São João Paulo II teve um espírito missionário. Realizou 104 viagens apostólicas fora da Itália e 146 no interior deste país.
Seu amor pelos jovens o levou a iniciar as Jornadas Mundiais da Juventude. Promoveu o diálogo inter-religioso. Um de seus gestos mais recordados foi pedir perdão pelos pecados da Igreja em toda sua história.
Perdoou ao turco Alí Agca, que atirou nele na Praça de São Pedro, e inclusive o visitou na prisão.
Santa Faustina Kowalska (1905–1938)
A esta santa polonesa, Deus revelou o mistério de sua misericórdia, conhecido como o Terço da Divina Misericórdia, cuja festa é celebrada no segundo domingo de Páscoa.
Irmã Faustina teve uma vida de piedade e caridade. No convento foi cozinheira, jardineira e porteira. Também conseguiu um alto grau de união com Deus e lutou por vencer-se a si mesma e alcançar a santidade.
O Senhor concedeu a Irmã Faustina revelações, visões do céu, do purgatório e do inferno; o dom da profecia, a graça de ler as almas e os estigmas ocultos.
Santa Teresa da Calcutá (1910–1997)
Esta beata albanesa, mas de coração indiano fundou, a pedido de Deus, uma congregação religiosa ao serviço dos mais pobres entre os habitantes da Índia.
Dedicou-se a percorrer os bairros pobres, visitou famílias, lavou as feridas das crianças e ajudou os necessitados, entre eles os leprosos e os chamados “intocáveis”, a casta hindu mais baixa. Recebeu o prêmio Nobel da Paz e antes de morrer deixou uma grande obra, que continua acolhendo os mais pobres entre os pobres.
Santa Maria Goretti (1890–1902)
Esta “pequena e doce mártir da pureza”, como a definiu o Papa Pio XII, cresceu em uma família materialmente pobre, mas rica em bens espirituais. Aos onze anos, Alessandro Serenelli, um jovem sócio de sua família, tentou estuprá-la e, ao ver que a menina resistia, o jovem a esfaqueou 14 vezes.
Consciente de que não iria sobreviver, Maria recebeu os Sacramentos e, antes de comungar, perdoou de coração o seu assassino e pediu estar com ele no paraíso. Alguns anos depois, Alessandro se converteu e pediu perdão à mãe de Maria Goretti.
Beato Miguel Pró (1891–1927)
Nasceu em uma família rica e tinha um grande senso de humor. Foi ao estrangeiro para estudar no seminário e, quando voltou ao México, enfrentou a cruel perseguição do governo contra os cristãos.
Começou a celebrar Missas e Adorações ao Santíssimo clandestinas e andava disfarçado para escapar da polícia.
Miguel se transformou em um dos líderes da resistência, a qual contribuiu de maneira pacífica, sempre sob o lema “Viva Cristo Rei”. O presidente Calles o prendeu, acusando-o falsamente. Antes de morrer, negou as acusações que lhe foram feitas, ajoelhou-se para rezar e perdoou os seus inimigos.
São Pio de Pietrelcina (1887–1968)
Tinha o dom do discernimento, o qual lhe permitiu ler os corações e as consciências. Por isso, muitos fiéis se confessavam com ele.
O santo se dedicava à confissão durante muitas horas do seu tempo. Também recebeu os estigmas.
Como resposta aos estragos causados durante a Segunda Guerra Mundial, fundou os “Grupos de Oração do Padre Pio”. Quando morreu, já existiam 726 e contavam com 68 mil membros.
Em 5 de maio de 1956, fundou junto a seus amigos a “Casa Alivio do Sofrimento”, com o fim de que os doentes se recuperem física e espiritualmente.
Seus inimigos o caluniaram e a Santa Sé tirou-lhe a administração de sua obra. O Padre Pio suportou com paciência esta perseguição até a sua morte, e manteve seu amor e fidelidade à Igreja.
São Damião de Molokai (1840–1889)
Este santo, chamado “o leproso voluntário”, foi enviado como missionário ao Havaí, onde aproximadamente a maioria dos habitantes era protestante. Começou a pregar com carinho e atendia pessoalmente as necessidades das pessoas. Desta forma, conseguiu que muitos se convertessem.
Depois se dirigiu à ilha de Molokai para atender os leprosos, sabendo que o contágio era praticamente inevitável. Deu-lhes oportunidades de trabalho, foi enfermeiro dos mais abandonados, conseguiu doações, reconstruía as casas derrubadas pelos furacões e inclusive fabricava os ataúdes para os mortos. Contagiou-se de lepra e morreu em meio à sua grande obra de caridade.
São Oliver Plunkett (1629–1681)
Este bispo irlandês se dedicava a consolar aos aflitos, administrava os sacramentos e enviava um sacerdote quando uma paróquia estava abandonada, a fim de que esta não caísse na pobreza ou a perseguição.
Foi acusado falsamente de ter contratado setenta mil irlandeses católicos para assassinar todos os protestantes.
Esteve preso na Torre de Londres, até ser declarado culpado e traidor. Assumiu sua própria defesa e, antes de ser enforcado, perdoou os seus acusadores e assassinos. Morreu pronunciando o “Miserere”.
São Paulo Miki (morto em 1597)
Em meio à perseguição japonesa contra os missionários em 1597, São Paulo Miki e outros 26 católicos foram martirizados. Foi um dos missionários que não fugiu do país, mas acabou descoberto e massacrado em Nagasaki.
Antes de seu martírio, afirmou que era japonês, jesuíta e que morria com a honra de ter pregado o evangelho e a verdadeira religião de Deus. Manifestou perdão ao rei e todos que contribuíam no seu martírio. Também pediu por sua conversão.
Beato Carlos da Áustria (1887–1922)
Desde jovem, foi muito piedoso e teve um imenso amor pela Eucaristia. Depois da morte do imperador Francisco José, em 21 de novembro de 1916, Carlos foi nomeado imperador da Áustria e no dia 30 de dezembro foi coroado Rei apostólico da Hungria.
Durante seu reinado, procurou estabelecer a paz no contexto da Primeira Guerra Mundial e desenvolveu sua política interna baseada no ensinamento social cristão.
Além disso, foi o único líder político que apoiou o Papa Bento XV em seus esforços por obter a paz. Graças a isso, ele conseguiu estabelecer uma transição a uma nova ordem sem guerra civil. Apesar disso, foi trasladado à Ilha da Madeira (Portugal).
Estando na ilha, ficou doente e ofereceu seu sofrimento como um sacrifício pela paz e unidade dos povos. Antes de morrer, perdoou todos aqueles que não o ajudaram. Expirou olhando o Santíssimo Sacramento.
Padre Camilo fala sobre Maria e a Misericórdia
Boleto
Carregando ...
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Carregando ...
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.